A TEORIA DA RELATIVIDADE

 
Um dos filmes que mais causaram impacto em minha vida foi "Em algum lugar do passado", com Christopher Reeve, uma história de amor lindíssima, em que um escritor apaixona-se pela foto de uma atriz dos anos vinte. Uma paixão tão avassaladora que ele acha uma forma de voltar ao passado para encontrar a moça e viver uma história de amor emocionante. O filme é lindo, a trilha sonora é fabulosa e o tema, instigante: viajar no tempo. Quando Albert Einstein anunciou a sua Teoria da Relatividade, em 1905, viajar no tempo - pelo menos em teoria - deixou de ser algo impossível. Pois outro dia observei uma foto de um grupo de amigos na reunião de comemoração de 30 anos de minha formatura no colégio. Olhei aqueles senhores de cabelos brancos, gordos e carecas e imaginei o que aconteceria se a foto pudesse ser vista por eles quando tinham 16 anos. Já pensou? Você poder ir até o futuro e olhar onde estará, que rumo sua vida tomou?
Imaginei então uma situação interessante. Alguém inventa uma máquina do tempo. E vai testar. Escolhe uma data aleatória - 1989, por exemplo - e aperta um botão. A máquina traz para o presente ninguém menos que Luis Inácio Lula da Silva. Aquele de vinte anos atrás. Lula chega meio zonzo:
- O que é isso, companheiro?
Sem entender o que acontece, Lula é recebido com carinho, toma uma água, senta-se num sofá e recupera o fôlego.

- Onde eu tô?


- No futuro, Presidente. Colocamos em prática a Teoria da Relatividade!


- Futuro? Logo agora que vou ganhar do Collor, pô! Me manda de volta pro passado! Zé Dirceu! Zé? Cadê o Zé?


- Calma, Lula. Aproveite para dar uma olhada no seu futuro. Você é o presidente da República!


- Eu ganhei?


- Não daquela vez. Mas ganhou em 2002. E foi reeleito em 2006!


- Reeleito? Eu? Deixa eu ver, deixa eu ver!!!


E então Lula senta-se diante de um televisor de plasma. Maravilhado, assiste a um documentário sobre os últimos 20 anos do Brasil. Um sorriso escapa quando a eleição de 2002 é apresentada.


- Pô, fiquei bonito! Ué. Aquela ali abraçada comigo não é a Marta Suplicy?


- Não, Presidente, é a Marisa Letícia.


- Olha! Eu e o Papa! E aquele ali, quem é?


- É George Bush, o Presidente dos Estados Unidos!


- Arriégua! Êpa! Mas aquele ali abraçado comigo não é o Sarney? Com a Roseana? E o que é que o Collor tá fazendo abraçado comigo? O que é isso? Tá de sacanagem?


- Não, presidente. Esse é o futuro!


- AAAAhhhhhh! Olha lá o Quércia me abraçando! O Jader Barbalho! Cadê o Genoíno? Cadê o Zé Dirceu?


- O senhor cortou relações com eles.


- Meus amigos? Me separei deles e fiquei amigo do Quércia?


- Pois é...


- E aqueles ali? Não são banqueiros? Com aqueles sorrisos pra mim?


- Estão agradecendo, Presidente. Os bancos nunca tiveram um resultado tão bom como em seu governo.


- Bancos? Os bancos? Você tá de sacanagem. Sacanagem!


- Calma, Presidente. O povo está gostando, reelegeram o senhor com mais de cinqüenta milhões de votos!


- Mas não pode! Cadê os proletários? Só tô vendo nego da elite ali. Olha o Vicentinho de gravata! E o Jacques Wagner também! Mas que merda é essa?


- É o futuro, Presidente.


- E o Walter Mercado? Tá fazendo o quê ali?


- Aquela é a Marta Suplicy, Presidente.


- Ah, não. Não quero! Não quero! Não quero aquele meu terninho. Não quero aquele cabelinho. Não quero aquela barbinha. Desliga isso aí!

- Mas Presidente, esse é o futuro. O senhor vai conseguir tudo aquilo que queria.

- Não e não. Essa tal de teoria da relatividade é um perigo.


- Perigo?!


- É. As amizades ficam relativas. A moral fica relativa. As convicções ficam relativas. Tudo fica relativo.


- Bem-vindo a 2007, Presidente.


Yeda reitera candidatura e defende postura de Serra


Governadora diz que depende de decisão em nível nacional para definir coligações locais


A governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB), reiterou hoje sua disposição de concorrer à reeleição e fez críticas à "oposição radical" que considerou ter sofrido nos últimos dois anos, quando seu governo foi alvo de denúncias. Ao avaliar as possibilidades de coligação para disputar um novo mandato, Yeda disse que o PSDB ainda não conta com aliados e atribuiu o fato ao quadro nacional.

"Como no campo nacional não está decidido, os Estados não têm autonomia necessária", disse, durante entrevista antes de apresentar palestra na Federação das Associações Comerciais e de Serviços do Rio Grande do Sul (Federasul).

Questionada sobre a posição do governador de São Paulo, José Serra (PSDB), que ainda não oficializou sua candidatura à Presidência, Yeda considerou que o tucano está sendo "cauteloso". Ao citar que seu partido tem movido ações para questionar atitudes que considera "campanha antecipada" no governo federal, Yeda alegou que do PSDB "se espera um comportamento padrão".

Fonte: Correio do Povo.

Projetos que beneficiam grávidas no trabalho são aprovados na Senado

Gestantes podem interromper estágio por três meses e o decurso de prazo de aviso prévio

A Comissão de Assuntos Sociais do Senado (CAS) aprovou nesta quarta-feira dois projetos de lei que beneficiam as grávidas. O Projeto de Lei n.º 48/08 permite às estudantes grávidas interromper por três meses o estágio que estejam fazendo. Já o Projeto n.º 533/09 prevê que a notificação de gravidez poderá interromper o decurso de prazo de aviso prévio. Ambas as matérias foram votadas em decisão terminativa.

De acordo com o PLS 48/08, de autoria do ex-senador Expedito Júnior, fica garantido o recebimento de salário-maternidade para a estudante grávida que seja segurada facultativa do Regime Geral de Previdência Social. O relator da matéria na CAS foi o senador Papaléo Paes (PSDB-AP).

O PLS 533/09 foi apresentado pelo senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) e também foi relatado por Papaléo Paes. No texto aprovado nesta quarta, com modificações propostas pelo relator, determina-se que "a confirmação do estado de gravidez advindo no curso do contrato de trabalho, ainda que durante o prazo do aviso prévio trabalhado ou indenizado, garante à empregada gestante a estabilidade provisória prevista no art. 10, II, b, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias".