SPRAY DE PIMENTA


@ Segundo informações de bastidores do PT, está prestes a detonar uma bomba, O Vice Prefeito que teve sua entrada barrada na atual administração, parece que colocou um Ponto Final nesse capítulo da  novela petista. Em reunião teria informado que está saindo do PT. Dois partidos já demonstraram interesse no Vice Prefeito, PCdoB e PSB. Quem sabe está nascendo um futuro candidato a Prefeito de Jaguarão. Vamos aguardar os próximos capítulos.  

@ O clima na Prefeitura de Jaguarão não é dos melhores. O Prefeito está apavorado com as últimas notícias que a Presidenta Dilma estaria adiando o encontro com o Presidente Uruguaio para tratar da Segunda Ponte. O medo do Prefeito é que não tenha tempo para executar a Obra, assim a Grande e prometida Obra ficaria para o Próximo mandato. A pergunta que fica é: será dele o próximo mandato sem sair a Ponte?

@ O Presidente do PSB, já está contando com o Vice Prefeito em seu Partido. Essa seria uma maneira do PSB pela primeira vez ter candidato a Prefeito na cidade. Cabe salientar que o PSB cresceu muito nas últimas eleições Nacionais. Total....tudo vale a pena.

@ Parece que a vida do Prefeito não tem sido das melhores, como se não bastasse às inúmeras promessas que tem que cumprir, ainda tem que agüentar a oposição implacável do ex-candidato a Deputado Estadual. Na semana passada um jornal da cidade estampou a capa inteira com ele. E as cobranças vieram de todos os lados. É Prefeito prometeu agora agüenta....

@ Parece que o PP Jaguarense, definitivamente aguarda uma posição do ex-candidato Antonio Carlos.  Mas tem muitos que apostam na indicação do Dr. Como Vice do tocaio. Seria a dobradinha  R R

@ O PMDB também tem suas indefinições internas, com três querendo a mesma fatia, ou seja, algum cargo no Executivo, Prefeito ou Vice. Será que no PMDB ainda reina uma só voz? Isso é o que vamos saber no andar da carruagem, mas muitos afirmam, que no partido da chama, quem manda é o Chefe...

@ Com a indefinição do quadro político, o PTB Jaguarense, quer mostrar sua força, já tem quem queira lançar novos nomes a Prefeitura de 2012. Resta saber se a estratégia vai dar certo, ou se estarão mais uma vez juntos com seu último candidato...  Agora com a Presidência, tudo passará pelo Líder Zebu, que deve dar as cartas no Partido, embora uma intervenção Nacional e Estadual esteja prestes a ocorrer nos próximos dias.  

@ Indagado sobre o PTB, o candidato do partido nas eleições municipais de 2008, disse que segue contando com o Partido Trabalhista nas próximas eleições. Afirmou ainda que em família é normal alguns desentendimentos, mas que no fim a causa maior reunirá todos em um só objetivo.

@ O PSDB, está de sangue doce, seu Presidente está aguardando as tratativas, no momento o partido tem o que mais é necessário na política; Um Candidato e a abertura para conversar com todos.

A POLÍTICA DE SUCUPIRA!!!

O Bem Amado está divolta lembrando os bons tempos da TV Brasileira, esta será a terceira vez que a Globo exibe uma adaptação do texto do dramaturgo Dias Gomes. O próprio Dias Gomes adaptou a trama numa famosa novela dos anos 70 e numa série semanal, que durou quatro temporadas na década de 80. 

Na versão de Arraes, Marco Nanini interpreta o lendário Odorico Paraguaçu, prefeito de Sucupira, cuja meta é inaugurar um cemitério.
Na época do Odorico, o Brasil vivia, o governo João Figueiredo, o último do regime militar, cujos tempos de chumbo haviam, felizmente, sido sepultados anos antes, durante a administração de seu antecessor, Ernesto Geisel. Era uma época de abertura política, anistia, pluripartidarismo, eleições para governador, prefeito e legislativos, otimismo e euforia com a expectativa da volta da democracia e da entrega do poder aos civis. Havia a possibilidade de que eleições diretas para presidente fossem convocadas em 1984 ou 1985, o que acabou não acontecendo. Ao mesmo tempo, ocorria um abrandamento gradual da censura nos meios de comunicação, o que provocou uma explosão criativa em todos os segmentos das artes e do entretenimento. Inspirado na novela de mesmo nome, exibida em 1973, o seriado O Bem Amado refletia bem essa época. Seu autor, Dias Gomes, além de um exímio escritor e dramaturgo, era um homem culto e muito politizado, além de um observador atento do cotidiano e das idiossincrasias daquele Brasil mais "profundo", o Brasil distante das ruas glamourosas dos bairros nobres do Rio de Janeiro ou de São Paulo. Dias Gomes foi, a meu ver, o melhor autor de novelas que já passou pela nossa televisão e O Bem Amado, sua obra-prima, o auge da teledramaturgia brasileira que, nunca mais, teve uma produção à altura. As únicas que se aproximaram sem, contudo, superá-la foram Roque Santeiro (também de Dias Gomes), em 1985, e Que rei sou eu?, de Cassiano Gabus Mendes, em 1989. Esta última, valendo-se de uma proposta e uma ambientação totalmente distintas (a novela se passava no fictício reino de Avilan, em 1786), também reproduziu a efervescência política daquele ano marcante, em que aconteceriam as primeiras eleições presidenciais diretas em quase trinta anos.

A trama de O Bem Amado se desenrolava em Sucupira, uma fictícia cidadezinha administrada por Odorico Paraguaçu (assim mesmo, com "ç"), antológica interpretação de Paulo Gracindo. Odorico era um coronel da região, mau caráter, corrupto e demagogo, cujo objetivo prioritário na sua gestão era inaugurar o cemitério municipal. O problema era que ninguém morria em Sucupira e o prefeito começou a fazer de tudo para concretizar a sua meta. Mandou, inclusive, chamar de volta um cangaceiro com fama de matador, Zeca Diabo (Lima Duarte, numa interpretação igualmente antológica), que deixara a cidade anos atrás, para que matasse alguém. Zeca Diabo, porém, era devoto do Padre Cícero e havia feito um juramento a ele de que nunca mais tiraria a vida de uma pessoa. Ele cumpriu sua promessa até o último capítulo da novela, em 1973, quando assassinou a tiros o próprio Odorico dentro da prefeitura. Ironicamente, foi a sepultura do prefeito que acabou inaugurando o cemitério. 

O Bem Amado era ― e ainda é ― um retrato perfeito da política brasileira. Além de ter sido a minha primeira experiência com a teledramaturgia (eu tinha, em 1981, 11 anos de idade), o seriado foi, também, o meu primeiro contato com a política. Como ele era transmitido às sextas-feiras, era-me permitido ficar acordado até um pouco mais tarde e além do mais, não havia nenhuma preocupação por parte das famílias sobre o conteúdo da programação das emissoras. Ou seja, em 1981 uma criança podia assistir a uma novela ou seriado às 22 horas (horário em que, se estou bem lembrado, passava O Bem Amado), sem o menor risco de ter a inocência da sua infância agredida por uma cena mais forte.Vale a pena dar uma olhada no  O Bem Amado...