Escândalos Políticos de 2009 - Só pra lembrar...

CUIDADO É ANO DE ELEIÇÃO!!!

01. Verba indenizatória secreta na Câmara e no Senado

02. Castelogate, o deputado Edmar Moreira e sua segurança privada

03. Agaciel Maia, diretor-geral do Senado, e sua mansão

04. Horas extras nas férias para funcionários da Câmara e do Senado

05. Chico Alencar (PSOL-RJ) contrata correligionário

06. Diretor do Senado usava apartamento funcional para família

07. Sarney utiliza seguranças do Senado no Maranhão

08. Empresas terceirizadas abrigam parentes de diretores e funcionários do Senado

09. Tião Viana empresta celular à filha em viagem ao México

10. Diretores no Senado: eram 181

11. Assessora de Roseana Sarney também era diretora

12. Renan emprega sogra de assessor no Senado, filho na Câmara, tem funcionários fantasmas e aliado recebendo verba indenizatória em Alagoas

13. Filha de FHC trabalha de casa para senador

14. Diretora de comunicação do Senado em campanha

15. Deputado Alberto Fraga (DEM-DF) contrata empregada doméstica

16. Deputado Arnaldo Jardim (PPS-SP) contrata empregada doméstica

17. Deputado José Paulo Tóffano (PV-SP) contrata empregada doméstica

18. Tasso Jereissati (PSDB-CE) e os loucos por jatinhos

19. Gráfica do Senado imprime material de campanha

20. Funcionários do senador Adelmir Santana (DEM-DF) prestam serviço a Vice-governador

21. Ministro Hélio Costa (PMDB, Comunicações) usa serviço de secretária paga pelo seu suplente no Senado, Wellington Salgado (PMDB-MG)

22. Terceirização irregular no Senado

23. Deputado Fábio Faria (PMN-RN) pagou viagens para Carnatal, inclusive para Adriane Galisteu

24. Ministros-deputados usam passagens da Câmara

25. Deputados fazem viagens internacionais pagas pela Câmara

26. Câmara e Senado perdoam todos os delitos da “farra aérea” e fingem cortar gastos

27. Viúva do senador Jefferson Péres (PDT-AM) recebe sobra de passagens em dinheiro

28. Ministros do Supremo Tribunal Federal entram na cota de passagens da Câmara

29. Senador Gerson Camata (PMDB-ES) acusado de uso de caixa dois

30. Delegado Protógenes Queiroz voou com passagens do PSOL

31. Membros do Conselho de Ética usaram passagens e ajudam financiadores de suas campanhas

32. Fernando Gabeira (PV-RJ) deu passagens para família ir ao exterior e contratou mulher com verba indenizatória

33. Michel Temer (PMDB-SP), presidente da Câmara, também usou passagens para “familiares e terceiros”

34. Ministro do TCU Augusto Nardes (ex-deputado) voa na cota do deputado Otávio Germano (PP-RS)

35. Câmara pagou 42 passagens para ex-diretor do Senado João Carlos Zoghbi e família

36.Senado paga motorista de ministro Hélio Costa (Comunicações) em BH

37. Ciro Gomes (PSB-CE) reage à reportagem sobre passagens com xingamentos

38. Gabinetes da Câmara negociam bilhetes de deputados com agências

39. Senadores têm seguro saúde vitalício para a família

40. Senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) usou assessor do Senado para compras particulares

41. Ex-diretor de RH do Senado João Carlos Zoghbi usava empresas de fachada

42. Deputado Eugênio Rabelo (PP-CE) usa cota aérea com time de futebol

43. Deputados “clonam” prestação de contas

44. Deputado Geraldo Resende (PMDB-MS) pagou com verba indenizatória advogado que atuou em sua defesa no TSE

45. 117 ex-deputados tiveram passagens aéreas pagas pela Câmara

46. Senador Magno Malta (PR-ES) passou quatro dias em Dubai com dinheiro do Senado

47. Senadores Alvaro Dias (PSDB-PR), Geraldo Mesquita (PMDB-AC), Paulo Paim (PT-RS) e Osmar Dias (PDT-PR) usaram cota para voos ao exterior

48. Senador Renan Calheiros (PMDB-AL) cedeu passagens a primo e a 2 assessores

49. Senador Eduardo Suplicy (PT-SP) deu passagem para namorada ir ao exterior

50. Senadores vivos ‘ganham’ ruas e avenidas em reduto eleitoral

51. Funcionário preso do Senado recebeu salário por 5 anos

52. Senado pagou 291 passagens para ex-senadores e até para dois senadores já mortos

53. Câmara paga piloto de avião de ministro Geddel Vieira Lima (PMDB, Integração)

54. Câmara paga 8 voos para investigado pela PF que é colaborador do empresário Fernando Sarney

55. STF abre processo contra deputado acusado de atentado violento ao pudor

56. Auxílio-moradia para comprar apto. E para quem não precisa: deputados Alexandre Silveira (PPS-MG) e Rita Camara (PMDB-ES) e senadores Gerson Camata (PMDB-ES), José Sarney (PMDB-AP), João Pedro (PT-AM), Cícero Lucena (PSDB-PB) e Gilberto Gollner (DEM-MT)

57. Efraim Morais (DEM-PB): 52 funcionários fantasmas e carro oficial para uso particular

58. Servidor do PMDB no Senado que ganha R$ 15 mil mensais dá expediente em loja de móveis

59. Funcionário envolvido em operação da PF é indicado para comissão no Senado

60. José Sarney tem amigos, aliados e parentes contratados pelo Senado

61. Senado usa mais de mil atos secretos para criar cargos e aumentar benefícios

62. Senado indeniza empresa suspeita de irregularidade com R$700 mil

63. Deputados ignoram regras da Câmara para pagar alimentação

64. 350 funcionários do Senado têm salário maior que o de ministros do STF

65. Valdir Raupp (PMDB-RO) aprova concessão de rádio que tem como sócio seu assessor

66. Arthur Virgílio (PSDB-AM) mantém fantasma em seu gabinete

67. Neto de Sarney opera no Senado crédito consignado, que é alvo da PF

68. Fernando Collor (PTB-AL) usa verba indenizatória para vigiar Casa da Dinda e comprar quentinhas

69. Nova diretora de RH do Senado entrou no emprego em trem da alegria

70. Sarney oculta da Justiça casa de R$ 4 milhões e a usa para reunião com lobistas

71. Senado tem contas secretas

72. Ministro Carlos Minc (Meio Ambiente) emprega mulher na Câmara

73. Senado ignora decisão do STF e mantém nepotismo

74. Fundação Sarney é suspeita de desviar verba de estatal

75. Sarney é acusado de ter conta bancária no exterior

76. Senadores inflam gabinetes com afilhados políticos

77. Fabricante de caças pagou viagem de deputados a Paris

78.Trem da alegria secreto efetivou 82 servidores do Senado sem concurso

79. Comissões do Senado empregam fantasmas

80. Senado usou quase R$ 1 milhão de verba de fundo sem licitação

81. Paulo Roberto (PTB-RS) e Eugênio Rabelo (PP-CE) são acusados de reter salários de assessores

82. Roseana Sarney (PMDB-MA) pagou secretária com verba indenizatória

83. Rosalba Ciarlini (DEM-RN) usou cota de passagens aéreas para turismo

84. Álvaro Dias (PSDB-PR) não declarou R$ 6 milhões à Justiça Eleitoral

85. Sérgio Guerra (PSDB-PE) bancou viagem de filha à Nova York com dinheiro do Senado

86. Senador Roberto Cavalcanti (PRB-PB), investigado pelo Fisco, dá emprego a filha do secretário da Receita

87. Empreiteira pagou dois imóveis para família Sarney em SP

88.Senado gastou R$ 25 mil em acordo que ficou só no papel

89.Tião Viana (PT-AC) ocultou casa de R$ 600 mil da Justiça Eleitoral

90. Senado ignora sobrepreço em obra de prédio

91. Papaléo Paes (PSDB-AP) quis contratar mulher de Agaciel Maia para trabalhar em seu gabinete

92. Câmara perdoa 85% das faltas dos deputados

93. Senado gastou R$ 70 mil em curso de Ideli Salvatti (PT-SC) em 3 países

94. Ministro do PR usa emendas de orçamento para atrair deputados ao seu partido

95. Marco Maciel tinha funcionário presidiário recebendo salário

96. 98 servidores do Senado fizeram cursos no exterior em 2007 e 2008

97. Dos 3.413 funcionários efetivos do Senado, apenas 300 não recebem complementação salarial

98. José Sarney (PMDB-AP) e Michel Temer (PMDB-SP) mantém supersalários

99. Senado custeia despesas da Polícia Militar do Distrito Federal

100. Sem resultados, Parlasul gasta R$ 580 mil do Congresso Nacional em diárias

101. 828 servidores ignoram censo interno do Senado

102.Câmara cede imóvel funcional a Gastão Vieira, secretário de Roseana Sarney no Maranhão

103.Mensalão do DEM-DF

104. Prefeito de Jaguarão aluga prédio de colaborador de campanha.

105. Na Administração de Jaguarão revelada a prática de nepotismo.

Pior é que teve muito mais...

Marx?

Foi no estado alemão, agitado e cheio de problemas, que nasceu o marxismo. Essa teoria não foi concebida apenas por Karl Marx ( 1818 - 1883 ), ele teve uma colaboração ideológica e financeira de Friedrich Engels ( 1820 - 1895 ). Eles escreveram em parceria o Manifesto Comunista ( 1848 ) e A ideologia alemã. Algumas das obras de Marx foram O 18 Brumário de Luís Bonaparte, Contribuição à crítica da economia política, e a mais importante que foi O Capital. Já Engels escreveu Anti-Dühring, A dialética da natureza, A origem da família, da propriedade privada e do Estado e outras.

Eles formularam seu pensamento baseado na realidade social da sua época, que era de um grande avanço técnico e aumento do controle da natureza pelo homem mas por outro lado, a classe trabalhadora sofria mais opressão e ficava cada vez mais pobre. Sua doutrina partiu do estudo dos economistas ingleses Adam Smith e David Ricardo e da filosofia de Hegel. Essa doutrina se compõe de uma teoria científica, o materialismo histórico, e de uma teoria filosófica, o materialismo dialético. Segundo o materialismo, o mundo material é anterior ao espírito e este deriva daquele. Marx chama de infra-estrutura a estrutura material da sociedade, sua base econômica, que consiste nas formas pelas quais os homens produzem os bens necessários à sua vida. A superestrutura corresponde à estrutura jurídico-política e a estrutura ideológica. A posição do marxismo, é que a infra-estrutura determina a superestrutura, mas ao tomar conhecimento das contradições, o homem pode agir ativamente sobre aquilo que o determina. As manifestações da superestrutura passam a ser determinadas pelas alterações da infra-estrutura decorrentes da passagem econômica do sistema feudal para o capitalista. O movimento dialético da história se faz por um motor, que é a luta de classes. Essa luta acontece porque as classes tem interesses antagônicos. No modo de produção capitalista essa relação de antagonismo se dá porque o capitalista detém o capital e o operário não possui nada, tendo que vender a sua força de trabalho.

A partir desse ponto, Marx formula uma de suas conceitos mais conhecidos que é a mais-valia. Esse mais-valia é concebida quando o trabalhador vende ao capitalista a sua força de trabalho por um valor estipulado num contrato. Acontece que ele produz mais do que esperado, e como ele fica com tempo disponível dentro da empresa ele produz um excedente que é a mais-valia. Essa mais-valia não é dividido com o trabalhador e fica nas mãos do capitalista que vai acumulando o capital. A mais-valia é portanto o valor que o trabalhador cria além de sua força de trabalho e é apropriado pelo capitalista. Outro conceito que Marx constrói é o da alienação. O trabalhador quando vende a sua força de trabalho se torna estranho ao produto que concebeu. Essa perda do produto causa outras perdas para o trabalhador, como a separação da concepção e execução do trabalho, e ainda com o avanço tecnológico, ele fica sujeito ao ritmo da linha de montagem, não tendo controle sobre o seu ritmo normal de trabalho. Para que o trabalhador não se revolte, o capitalismo usa de mecanismos de introdução de ideologia na cabeça das pessoas, para que estas se conformem com a situação de desigualdade.

Para Karl Marx, a classe operária, organizada em um partido revolucionário, deverá destruir o Estado burguês e organizar um novo Estado capaz de acabar com a propriedade privada nos meios de produção. Esse novo Estado, que ele chama de ditadura do proletariado, deverá liquidar a classe burguesa no mundo inteiro. Essa primeira fase é chamada de socialismo, precisa de um aparelho estatal burocrático, um aparelho repressivo e um aparelho jurídico. É nessa fase que se dará a luta contra a antiga classe dominante, para se evitar a contra-revolução. O princípio do socialismo é: "De cada um, segundo sua capacidade, a cada um segundo seu trabalho".

A segunda fase, é chamada de comunismo, e se define pelo fim da luta de classes e consequentemente o fim do Estado. Haveria um desenvolvimento prodigioso das forças produtivas, que levaria a uma era de abundância, ao fim da divisão do trabalho em trabalho material e intelectual, e a ausência de contraste entre cidade e campo e entre indústria e agricultura. O princípio do comunismo é: "De cada um, segundo sua capacidade, a cada um, segundo suas necessidades". Com a passagem para o comunismo, a luta de classes não mais seria entre dominantes e dominados, e sim entre as forças progressistas e as forças conservadoras.


UMA POLÍTICA MODERNA!!!

Prezados leitores, na política tem coisas que realmente não entendemos. Que é uma guerra constante todos sabemos, mas tem algumas questões que por mais que quiséssemos nunca entenderíamos.

Tenho acompanhado a trajetória de um político novo da nossa região, que cada vez arrebanha mais apoios da população, porém coleciona um grande número de adversários, que sem um motivo convincente são contrários a maneira moderna que o novo líder se apresenta.

O que não consigo entender é que algo antes nunca visto se faz presente nesse senário, tanto a esquerda quanto a direita atacam o popular candidato que surge com uma forma diferente de se expressar e transmitir ideias, como o voto distrital, transparência de sua vida pessoal e o partidarismo em segundo plano, tendo como partido principal a sua região.

Perseguido pela oposição implacável do Atual Prefeito de Jaguarão (PT) e do ex Prefeito da cidade (PMDB), os ataques chegam a questões da vida pessoal como a vida familiar e a tentativa de barrar a entrada em uma sociedade que recentemente o PSDBista foi aceito.

Oposição ou resistência aos novos tempos?

Mesmo com todas essas oposições, Renato Jaguarão segue caminhando apoiado pelo maior patrimônio da política, o POVO. Segredo desse sucesso? Carinho, afeto e respeito a todos, Renato nunca negou seus erros mostrando que é igual a todos, com defeitos e virtudes, seu livro na internet diz tudo, mostra alguém que não tem vergonha do passado, dos seus erros.

O fato é que o moderno político começa a ganhar simpatizantes nas fileiras partidárias da esquerda e da direita.

Há quem diga que em reuniões internas já começam as divergências entre os que acreditam na popularidade do novo líder e dos que se enfurecem só de ouvir o nome do mesmo.

Recentemente alguns fatos marcaram essa polêmica que deve se estender pelos próximos 3 anos.

No PMDB o nome de Renato Jaguarão foi citado como o mais forte para uma futura disputa pela administração de Jaguarão, logo uma frente liderada pelo ex prefeito rejeitou qualquer aproximação nesse sentido. Mas alguns PMDBISTAS sustentaram que a ideia de uma coligação pode ser o melhor caminho, principalmente com um atual vereador de vice. Ou seja, muita água vai rolar nesse rio eleitoral, quem sabe ainda poderemos ver antigos desafetos ao lado do Candidato a Deputado estadual da nossa terra. Depois do que ocorreu na última eleição tudo é possível.

No PT existe uma divisão entre o Vice e o Prefeito. Alguns vereadores aliados do Vice já cogitam a ideia de conversar com o ex partido do Renato Jaguarão - PTB - que diga-se de passagem ainda continua com a liderança dos amigos de confiança do RJ.

Ou alguém acredita que o PTB não estará com ele nas próximas eleições? Quem acreditar está cometendo um grande engano, já que o atual presidente é como irmão do PSDBISTA e o atual vereador do PTB tem que contar com a legenda pra se re-eleger, além de ser grato e amigo.

Mas a pergunta que não fica clara, é porque vivemos essa situação nunca antes vista em nossa cidade?

O Povo está do lado do RJ, mas os políticos o odeiam, o mais engraçado é que nunca ouvi o RJ falar com raiva dos adversários, pelo contrario, em uma reunião da cúpula dos apoiadores, RJ chegou a dizer que não descartava uma coligação com o PMDB e o PP, e que se necessário fosse conversaria co o Ex Prefeito, sem magoas ou ressentimentos.

Externou também que até mesmo o atual vice e seus seguidores estariam entre as pessoas que ele falaria se necessário fosse para o bem do município.

Por fim e surpresa geral, elogiou o trabalho da atual administração quanto as questões culturais, afirmando que não acredita que possa existir alguém que não quera o bem da sua cidade, independente de partido político.

Talvez seja por essas ações que o político Renato Jaguarão ganha cada vez mais o apoio do povo.

Pregando a união o perdão e a tolerância, ele segue multiplicando seguidores e cada vez se fortalecendo mais como nome para as próximas eleições municipais.

Carina Fraga.

Carinafraga@yahoo.com.br


Eleição no RS: Acordo de cavalheiros? Duvido.


Desculpem-me aqueles que acreditam que a política, sobretudo a brasileira, é feita a partir de acordos entre cavalheiros. Neste sentido, acreditar que é para valer o fato de o PT abrir mão de sua candidatura própria à prefeitura de Porto Alegre em favor do PDT, caso os trabalhistas apóiem Tarso Genro neste ano, é a mesma coisa que acreditar em contos de fadas que convencem somente as crianças.

Pois é. Esta notícia foi veiculada no jornal Zero Hora desta segunda-feira (4/1).

Suponhamos, por um segundo, que tal promessa convencesse os pedetistas e os mesmos concordassem em apoiar Tarso Genro. Tendo em vista o resultado do pleito, dois são os cenários possíveis. A partir dos mesmos, farei um exercício realista sobre a atitude do PT em 2012:

1º cenário: Tarso Genro vence a eleição.

2º cenário: Tarso Genro perde a eleição.

Considerando o primeiro cenário, a possibilidade de o PT abrir mão de sua candidatura própria à prefeitura de Porto Alegre para apoiar um nome do PDT é praticamente impossível, tendo em vista uma série de fatores.

Primeiramente, pois haverá aquele discurso de que o PT precisa manter sua identidade política e isto somente é possível, historicamente segundo os petistas, através de candidatura própria.

Tem sido assim em Porto Alegre desde que o PT é PT! Segundo, o PT é notoriamente mais forte do que o PDT na Capital e esta constatação lógica seria um argumento fundamental para os petistas não apoiarem uma candidatura trabalhista.

Um terceiro e importante aspecto diz respeito ao fato de que o vice de Fogaça, José Fortunati, provavelmente buscará a reeleição. Fortunati, como todos sabem, é um ex-petista que deixou o partido não sem grandes mágoas. E a recíproca é também verdadeira.

O quarto e último aspecto seria aquela pergunta óbvia que farão os petistas em 2012: como é que o partido, que detém o controle do governo do Estado, não apresentará candidatura própria na eleição da Capital?

Consideremos agora o segundo cenário, ou seja, aquele da derrota de Tarso Genro. Mesmo neste, aliás, principalmente neste cenário, o discurso da candidatura própria do PT em Porto Alegre se manteria intacto. Seria alimentado, contudo, por outros argumentos.

Primeiramente, o fato de Tarso perder a eleição faria com que o Partido construísse uma retórica de que o mesmo deveria se fortalecer novamente e uma vitória na Capital seria estratégica para tanto.

Segundo, pois o PT faria uma reavaliação da sua política de alianças e constataria que os trabalhistas não foram tão importantes assim e que, portanto, o PT mais perdeu do que ganhou com a chapa de 2010.

Terceiro, pois o candidato do PDT seria provavelmente Fortunati, ex-petista que “traiu” os ideais do partido e, assim, não merece o apoio do PT.

O que é importante nestes dois cenários apresentados não são necessariamente os argumentos em nome da candidatura própria do PT em 2012.

Acredito que todos eles são absolutamente lógicos e passíveis de serem defendidos por qualquer petista.

Para quem conhece o cenário político na Capital, o PT é muito mais partido do que o PDT. Isto é uma questão de lógica da política: o mais forte nunca, sob hipótese alguma, aceitaria entregar parte da sua força ao mais fraco!

O que realmente importa neste exercício que proponho é que o PT está prevendo uma eleição com pequena chance de vitória para Tarso Genro e está apostando desesperadamente numa estratégia que lhe dê mais condições de sucesso eleitoral.

Entretanto, promete ao PDT o que não pode cumprir e não pode cumprir, pois cumprir uma promessa como essa seria, segundo a linguagem coloquial, dar um tiro no próprio pé.

Daniel de Mendonça
Professor de Ciência Política


Senado gastou R$ 87,6 milhões com o pagamento de horas extras em 2009

Valor representa crescimento de 4,4% com relação aos gastos em 2008

O Senado Federal gastou R$ 87,6 milhões com o pagamento de horas extras em 2009. O valor representa crescimento de 4,4% com referência aos R$ 83,9 milhões gastos em 2008. Segundo nota divulgada pela Secretaria de Comunicação Social da Casa, o aumento ocorreu porque houve alta de 99,42% no valor da hora extra paga, que subiu de R$ 1.324,80 para R$ 2.641,93.

Em janeiro do ano passado, o Senado desembolsou R$ 6 milhões em horas extras para 3,8 mil funcionários durante o mês de janeiro, período de recesso parlamentar, quando não são realizadas sessões, reuniões ou votações de matérias. Isso provocou uma crise envolvendo a Casa, que resutou no anúncio de mudanças administrativas. O pagamento foi autorizado pelo então 1º secretário do Senado, Efraim Morais (DEM-PB), três dias antes de deixar o cargo.

Ainda conforme a nota, seguindo novo sistema administrativo, o número de servidores autorizados a receber hora extra caiu de 4.227, em 2008, para 2.763, em 2009. Em média, a redução foi de 35% no decorrer do ano passado.

- O Senado Federal teve sucesso em sua decisão de reduzir a concessão de horas extras em 2009 - diz a nota.
AGÊNCIA BRASIL