Candidatos têm até hoje para regularizar domicílio eleitoral

O prazo para os potenciais candidatos às eleições de 2010 regularizarem o domicílio eleitoral no Estado em que querem concorrer e terem a filiação deferida em um partido encerra neste sábado.
A data marca o início do calendário das eleições de 2010.
Cartórios eleitorais estão funcionando em regime de plantão, em horários fixados pelos juízes de cada município.
Hoje também é o último dia para as legendas interessadas na disputa obterem o registro de seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A partir do dia 1º de janeiro de 2010, as entidades ou empresas que realizarem pesquisas de opinião pública relativas às eleições ou aos candidatos serão obrigadas a registrar em tribunal as informações previstas em lei e em instruções expedidas pelo TSE.
Também estará proibida, desde o início do próximo ano, a distribuição gratuita de bens, valores ou benefícios por parte da Administração Pública, exceto em casos de calamidade pública, de estado de emergência ou de programas sociais autorizados em lei e já em execução orçamentária no exercício anterior.
Nas eleições de 2010 serão eleitos o novo presidente da República, governadores, senadores, além de deputados federais, estaduais e distritais.
O primeiro turno será no dia 3 de outubro de 2010 e o segundo turno, nos casos em que houver necessidade, no dia 31 do mesmo mês.

Na Região Sul, a maior surpresa foi o Diretor de Turismo do Estado Renato Jaguarão que trocou o PTB pelo PSDB, e deve concorrer a Deputado Estadual.

Fonte JA

Partidos articulam nomes para sucessão no governo estadual

Mesmo fora do Palácio Piratini, Germano Rigotto (PMDB) repete a façanha.
A um ano das eleições, o ex-governador está na mesma posição que ocupava em outubro de 2005, 12 meses antes do pleito de 2006: no centro do tabuleiro da sucessão estadual, mas sem saber que caminho seguir.
A indefinição no PMDB é a principal das peças desencaixadas no quebra-cabeças eleitoral gaúcho para o ano que vem.
Até o momento, PT e PSOL colocaram oficialmente candidatos na linha de largada.
A escolha antecipada do ministro da Justiça, Tarso Genro, é uma novidade entre os petistas, que tendiam a postergar a decisão até poucos meses antes da eleição por conta das brigas entre as correntes internas e, ainda assim, saíam rachados.
Tarso está na frente nas pesquisas e tem o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O desafio do PT, porém, segue o mesmo dos últimos anos: ampliar o leque de alianças para evitar o isolamento.
Os petistas trocam olhares com PDT e PTB, mas o namoro não é fácil nem com os aliados tradicionais PC do B e PSB. Depende dos movimentos do PMDB.
Em outubro de 2005, Rigotto tentava colocar de pé uma candidatura à Presidência, deixando um vácuo na disputa estadual e confundindo os aliados da base de seu governo.
Depois de idas e vindas, acabou disputando a reeleição, sem chegar ao segundo turno.
Em outubro de 2009, o ex-governador está numa encruzilhada entre concorrer a senador ou à cadeira que já ocupou no Piratini.
Novamente, eventuais aliados esperam uma definição no PMDB. Estratégia de Ciro muda cenário nacional A interlocutores, Rigotto diz que o partido nunca lhe pediu para concorrer ao Executivo novamente.
Por isso, vinha alimentando a ideia do Senado.
Isso abriu caminho para o prefeito de Porto Alegre, José Fogaça. Segundo um interlocutor do prefeito, ele está “fardado” para disputar a sucessão da governadora Yeda Crusius, mesmo tendo de renunciar ao mandato em 3 de abril. Fogaça tem apoio de caciques peemedebistas, principalmente pela maior facilidade em costurar alianças.
Entretanto, dois fatores voltaram a animar Rigotto: seus bons índices em pesquisas, semelhantes aos de Fogaça, e a alta rejeição de Yeda.
O ex-governador quer evitar uma comparação entre sua gestão e a da tucana, que tem mais resultados na área administrativa.
A nota vermelha nas pesquisas é apenas um dos problemas da governadora. Yeda também enfrenta resistências do governador de São Paulo, José Serra (PSDB), líder nos levantamentos para a sucessão de Lula.
Serra teme que as denúncias contra a governadora prejudiquem seu desempenho. O PTB, por sua vez, evita antecipar a decisão.
Isso porque consegue a proeza de se equilibrar na base dos governos Lula, Yeda e Fogaça ao mesmo tempo.
É cobiçado principalmente por PT e PMDB.
Os petistas, porém, fazem exigências: querem a saída do PTB do governo tucano antes de pensar em aliança.
Ao impor condições no lugar de fazer convites, o PT provoca reações negativas entre os petebistas.
Em comparação com o Rio Grande do Sul, o cenário nacional tem sido mais empolgante nas últimas semanas: a senadora Marina Silva (AC) pulou do PT para o PV para concorrer ao Palácio do Planalto, o deputado federal Ciro Gomes (PSB) trocou o domicílio eleitoral do Ceará para São Paulo e a morna candidatura da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) preocupa os petistas.
O PSB tenta convencer Lula de que Ciro, com um vice do PDT, é um bom plano B em caso de naufrágio de Dilma.
Os petistas correm para fechar uma aliança nacional com o PMDB, como forma de turbinar a ministra.
Nos bastidores das legendas DEM O vice-governador Paulo Feijó mantém postura de concorrente.
De forma calculada, repete um forte discurso contra a corrupção e a favor da redução de impostos. Recebeu apoio dos eleitores quando divulgou a conversa com Cézar Busatto, então chefe da Casa Civil, mas enfrenta resistências no mundo político pelo mesmo fato. Outra possibilidade é Feijó concorrer a deputado estadual.
PDT Apesar de falar em candidatura própria, tem tendência a fechar aliança com PT ou com PMDB, principalmente se o candidato for Fogaça.
Com isso, a prefeitura ficaria com José Fortunati. Mas a participação no governo Lula forma outro polo de atração.
Há pedetistas que alegam não ter compromisso com Fogaça na disputa pelo Piratini e miram num longo casamento com o PT, envolvendo a briga pela prefeitura de Porto Alegre em 2012. PMDB Parte dos caciques aposta em Fogaça.
O prefeito teria mais facilidade para manter PDT e PTB como seus apoiadores, principalmente porque entregaria a prefeitura a Fortunati por quase dois anos.
Fogaça, porém, quer levar o clima de incerteza até abril para evitar desgastes.
Isso causa descontentamentos no partido.
O grupo de Rigotto defende uma definição ainda em 2009 por temer a perda de eventuais parceiros por conta da demora.
Há ainda uma ala que defende Fogaça para poder manter os cargos no governo Yeda por mais tempo.
PP Um dos principais aliados de Yeda.
Está no coração do governo, na Casa Civil. Mesmo assim, alguns líderes dizem não ter compromisso eleitoral com a tucana.
Esperam ser recebidos pelo governador José Serra (PSDB) para fazer uma proposta: abraçam a candidatura dele no Estado em troca do apoio do PSDB gaúcho a um progressista.
Serra evita receber o grupo.
PSB Representa uma novidade por conta da visibilidade da candidatura do deputado federal Ciro Gomes (SP) ao Planalto.
Colega de Ciro na Câmara, Beto Albuquerque quer se credenciar como quarta via no Estado e tenta costurar uma aliança com outras siglas, como PC do B, PP, PDT e PPS.
A ideia chama a atenção dos partidos melhor posicionados nas pesquisas, mas há quem aposte na dificuldade de reunir siglas com histórias tão diferentes e de elas chegarem a um consenso sobre a composição da chapa.
PSDB Com o provável arquivamento do pedido de impeachment na Assembleia, os tucanos acreditam que Yeda sairá fortalecida da onda de denúncias.
A alta rejeição nas pesquisas, porém, assusta.
A prioridade é recuperar a imagem dela e divulgar ações do governo.
A legenda espera manter PPS e PP durante a campanha e não acredita na saída antecipada de outros aliados por causa do peso dos cargos.
O PP tem cerca de mil cargos em comissão; PTB, cerca de 800; e PMDB, 500.
PSOL O vereador da Capital Pedro Ruas constrói sua candidatura apoiando-se em ações contra Yeda.
A deputada federal Luciana Genro até arrumou um apelido para Ruas: Doutor Impeachment.
PT Tem dois trunfos: saiu na frente ao lançar o primeiro pré-candidato a governador e vê Tarso Genro se posicionar como líder nas pesquisas.
Não foi maculado pelo escândalo do mensalão.
Convive com as suspeitas lançadas pelos adversários de que esteja por trás do vazamento de investigações da Polícia Federal. Tenta atrair PDT e PTB.

Polícia Civil participa de curso sobre uso progressivo da força e de arma de fogo

Durante esta semana, 23 agentes das delegacias de Polícia Civil do Rio Grande, Jaguarão, Pelotas e São José do Norte participaram do curso intitulado "Uso Progressivo da Força e da Arma de Fogo", onde foram ministradas técnicas de operações policiais, aulas sobre Direitos Humanos e instruções de tiro prático.
Segundo as informações de um dos instrutores do curso, inspetor José Torino, o objetivo do treinamento que teve duração de 50 horas/aula foi trazer aos agentes um aprimoramento das técnicas de abordagens em locais de risco, as novidades nas leis que estão em vigor, fazer um treinamento de tiro e uma troca de experiência entre os policiais da região."Este curso para nós, policiais, tem grande importância, pois visa ao treinamento e aprimoramento das atividades policiais que são desenvolvidas por nós no dia-a-dia", disse a inspetora Fernanda Brancão, que está participando do curso pela primeira vez.
Na manhã de ontem, 2, o curso foi encerrado com a entrega de diplomas e uma competição de tiro entre os agentes, que tinham que acertar determinados alvos, com um número reduzido de munição e em uma fração de tempo menor que a do colega concorrente.
O vencedor da disputa foi o inspetor Marcos Leivas, de Pelotas. "Durante este tipo de competição, podemos notar a concentração, precisão e manejo da arma de fogo pelo policial, fatores que são ensinados durante o curso", disse um dos instrutores.O curso, que está em sua 20ª edição, foi ministrado por cinco instrutores e terá sua próxima realização na cidade de Três Passos.

Fábio Dutra

A um ano das eleições, Ibope mostra disputa no RS

Um ano antes da eleição de presidente da República, governador e senadores, uma pesquisa do Ibope aponta o candidato do PT, Tarso Genro, à frente em quatro cenários distintos de disputa pelo governo do Estado. Em segundo lugar, vêm candidatos do PMDB – o ex-governador Germano Rigotto, presente em dois dos quatro cenários, e o prefeito de Porto Alegre, José Fogaça, em outros dois.
O deputado federal Beto Albuquerque (PSB) surge em terceiro nas quatro simulações.
Embora rompidos, os dois integrantes do atual governo ocupam posições próximas na pesquisa – quarto lugar, no caso da governadora Yeda Crusius (PSDB), e sexto, no do vice-governador Paulo Feijó (DEM).
Nos cenários em que figura como candidato ao Piratini, o deputado Vieira da Cunha (PDT) aparece em quarto ou quinto lugar. Tarso lidera nos quatro cenários de segundo turno dos quais participa – contra Rigotto, Fogaça, Yeda e Beto.
Os dois possíveis candidatos do PMDB obtêm o mesmo índice (34%) frente a Tarso em segundo turno. Nas simulações em que Tarso não figura e Rigotto ou Fogaça enfrentam os demais, os candidatos do PMDB se saem melhor.
Os cenários de segundo turno incluem os quatro primeiros colocados na pesquisa estimulada de primeiro turno.
Quando se pergunta aos entrevistados em qual dos candidatos listados não votariam de jeito nenhum, Yeda é a mais lembrada, com 60%, seguida de Feijó, com 20%.
Na pesquisa espontânea – na qual não é apresentado um disco com o nome dos candidatos –, Tarso é o mais citado (10%), seguido por Rigotto (6%).
Ficha técnica - Instituto: Ibope - Período de campo: 25 a 29/9 - Número de entrevistados: 812 em 52 municípios - Margem de erro: três pontos percentuais para mais ou para menos