Autoridades e lideranças confirmam presença na festa de cinco anos do Correio do Sul Regional

Dando seqüência à série de matérias sobre a programação de aniversário do Correio do Sul Regional nesta semana você confere mais um destaque.

Os preparativos para a festa de cinco anos do jornal (fundação 03/03/2005) dentro do mês de março seguem em ritmo cada vez mais intenso.

Diversas autoridades e lideranças já confirmam presença. A comemoração acontece no dia 27 de março, às 19h, no Restaurante do Parque do Sindicato Rural de Arroio Grande.

O conterrâneo João Garcia, da Rádio Bandeirantes, de Porto Alegre, irá palestrar. O escritor Marcos Treptow lançará novo livro. E o artista plástico José Darci Gonçalves fará uma exposição.

Atrações é o que não faltam, mas o mais importante é que todos estejam integrados para celebrar o aniversário do semanário, que mais se projeta na região.

O evento deve superar as expectativas com algumas personalidades, que antecipadamente asseguraram a sua participação.

Entre elas, está o médico veterinário e advogado Dr. Eduardo Gil da Silva Carreira, e o advogado e suplente de deputado Federal Matteo Chiarelli, de Pelotas.

O diretor de Desenvolvimento de Turismo do RS, Renato Jaguarão, também virá, assim como o radialista de Pelotas e Região Sérgio Correa.

O empresário Vilson Amarilho é outra presença garantida. Aliás, o prefeito de Herval, Ildo Sallaberry, foi um dos primeiros a confirmar, como a Associação dos Jornais do Interior do RS.

Receberam os convites no fim de semana o prefeito de Pelotas, Fetter Júnior, e a sua esposa, a deputada Estadual, Leila Fetter, assim como a governadora Yeda Crusius.

São esperados ainda os parceiros nas demais cidades, onde o jornal circula, que dão enorme contribuição ao projeto de consolidação e expansão.

Faltando cerca de 15 dias para a recepção mais repercussões poderão ser conferidas conforme o andamento da organização, inclusive continuando os contatos.


Fonte: Correio do Sul.



Miss Jaguarão recebe faixa e coroa em março

Clarissa Rubim, 24 anos, 1.74 de altura e 93 de quadril, possui as medidas perfeitas para uma Miss RS, segundo a Band e Maxi Moddels.
A Miss Jaguarão, que vem se preparando há tempos para o maior concurso de beleza do Estado, já conquistou vários títulos em sua Terra Natal.
Ela que atualmente faz faculdade de Direito e pratica Kickboxing e Hidroginástica já levou o nome de sua cidade por diversos lugares.
A sua coroação está prevista para ocorrer no mês de março no Clube Caixeiral, em Pelotas, onde receberá a faixa e a coroa de Miss Jaguarão 2011.
Clarissa agora está cuidando da pele, cabelos, corpo e tudo mais para representar muito bem Jaguarão na seletiva do Miss RS, que será na Capital.
Haverá 80 candidatas de todo o Estado, buscando uma das 30 vagas para a final estadual, em Gramado. Clarissa está confiante que chegará à finalíssima.
A Band informa ainda que o concurso para Miss RS oficial é feito na Região Sul somente pela agência de modelos Maxi Models de Pelotas.

Fonte: Correio do Sul

Dona Heróica!!!

Dona Heróica, de origem interiorana e criada nas farturas das fazendas, depois de crescida viera morar na zona urbana em uma casa antiga, sólida, enorme, com respeitável esplendor, bem central.

Para manter suas preferências conservadoras e seu gosto por grandes espaços, através do voto direto permitiu construir um galinheiro bastante espaçoso, com razoável suporte de conforto para as aves, totalmente cercado por muros.

Um barracão separado só para posturas e criatório de pintos (tipo estagiários), outro provido de poleiros para o repouso da noite. Bebedouros, comedouros, caixa d’água, portas e demais acessórios eram o complemento desse mundo galináceo. E ali foram alojados frangos de diversas correntes, galinhas, galos, que se renovavam em gerações, propiciando para a família de Dona Heróica os almoços domingueiros com frango e macarronada, cardápio tradicional na casa.

O que devemos ressaltar é que aquele galinheiro não era um estabelecimento qualquer. Era uma sociedade galinácea feita para ser organizada e estruturada. Um dos galos, com grandes esporas e fulgurante barbela, era o Prefeito do terreiro, exigia que sua autoridade fosse respeitada por todos. Essa comunidade galinácea se dizia distinta e diversificada. Havia as matronas, as jovens e sensuais polhas, os astutos frangos, os idosos.

As galinhas criadeiras, enquanto ciscavam, ensinavam as experiências da vida às suas ninhadas. As solteiras, nos momentos de descanso à sombra das árvores, urdiam comentários às ações da polhada, que se encontravam as escondidas com o Galo Prefeito. Os jovens machos exercitavam as audácias belicosas. Os idosos dialogavam sobre direitos e obrigações avícolas. Havia os que dialogavam os que apreendiam e os que nada aprendiam. Assim vivia a comunidade, num dia-a-dia sempre diferente, mas parecendo sempre igual. Às vezes sumia um habitante, mas poucos davam importância ao fato, tão grande era o povaréu Ccs no galinheiro.

A rotina se afirmava em todos os aspectos. O Prefeito percorria orgulhoso e imponente cada espaço da nação vermelha, ao tempo em que, com severas bicadas, resolvia na hora pendências contrarias ao seu reino ditador. Os cientistas tentavam esclarecer qual a soma de dois mais dois grãos de milho, visto que eles não são exatamente do mesmo tamanho e ocupam espaço diferente no papo. O filósofo procurava argumentar a um grupo de discípulos que só existia o vermelho e a estrela que habitavam, não havendo mais nada além. O padre fazia sua prédica a um conjunto muito grande de senhoras galinhas, frangas e a senhores idosos. Explicava que os polhastros que sumiam aos domingos eram mortos por um Deus, como castigo por serem pecadores e incréus com o sistema e com os companheiros; e que suas almas não tinham salvação. Para os viventes, a redenção somente seria alcançada se cressem nas palavras de seu Deus, e na futura energia eólica. Assim seguia a vida no galinheiro. Na propriedade da Dona Heróica, no período de carnaval, seus moradores haviam participado da festança momesca, ocasião em que confeccionaram uma grande estrutura de isopor na forma de um galo majestoso, colorido com tinta dourada, crista e barbela rubra brilhante, cauda multicor e artístico arranjo de estrelas vermelhas, como composição final.

Terminadas as festas, o imenso galo farrista foi colocado sob uma coberta existente numa parte do quintal, longe do galinheiro e ali esquecido.

Havia nessa comunidade um forte frango, quase obeso, já com esporas apontando e apresentando as primeiras penas de maioridade em torno do pescoço, quase um Vice. Desde frangote já fora briguento, audacioso, irrequieto e aventureiro. Estava sempre correndo, pulando e batendo asas, um verdadeiro temor.

Em certo dia, sem que para isso planejara, deu um impulso mais vigoroso e se viu ultrapassando o muro que limitava seu mundo ditatorial. Muito curioso e surpreso com aquele espaço nunca imaginado, andou pela parte externa toda, explorando o admirável ambiente. Chegando perto do galpão, parou espantado ao ver aquele imenso galo brilhante. Demoradamente reparou os pormenores, extasiado, arrebatado. Sentiu-se tomado por estranho torpor mental e, ante o fascinante fulgor das estrelas, deu-se a ouvir mensagens ditadas em tom paternal, o que mais o comoveu e convenceu da santidade de sua própria alma. Saiu em rápida corrida até a amurada, transpondo-a de volta ao seu lar.

Procurando o Padre Alencaron Galináceo, que servia como chefe do gabinete do Prefeito, imediatamente lhe contou o ocorrido, acrescentando que vira Deus; que essa divindade existia mesmo. E mais: que o divino senhor era na verdade um grande e esplendoroso ser, feito à imagem e semelhança do galo. Estava hospedado em maravilhoso paraíso e resplandecia auras de bondade e amor. Dissera-lhe palavras de conduta e salvação.

O padre, vendo ameaçada sua posição e autoridade destacada na sociedade avícola, repeliu as novas revelações, qualificando-as de heresia e esclarecendo que deus era mesmo um galo todo poderoso, mas que as descrições estavam em desacordo com as verdades eternas, vindas de gerações desde o nascimento do mundo. Convicto, ponderou o jovem com entusiasmo:

— Mas eu vi o senhor divino! E dele recebi diversas mensagens que deverão ser ensinadas aos pecadores para que, mediante a fé, orações e penitências, sejam aceitos no reino dos heróicos após a morte.

— Herege, pecador, alma maligna, demônio! Só falta ser seguidor de Jaguar – retrucou o sacerdote.

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Repetiu o auto-sugestionado frango sua história para vários grupos que se formavam à sua volta, fazendo prosélitos e, sem o perceber, foi-se tornando um pastor de almas descontentes e fundador de uma nova facção religiosa de estrelas.

Essa foi a primeira dissidência surgida na civilização galinácea da Dona Heróica.


* Crônica baseada na história "No Galinheiro" do Blog de Ivo S G Reis


DEMOCRACIA!!!

Democracia é uma forma de governo composta de três poderes: o executivo, o legislativo e o judiciário. Todos eles mandam. É uma beleza! Fica muito mais fácil administrar uma sociedade e justificar qualquer ação meio duvidosa por conta de sua legitimidade.

Esse sistema é tão bom, justo, eficiente, que todos deveriam adotar suas normas. Deveria servir de molde para todas as associações humanas. Em empresas comerciais, em clubes, no exército; em qualquer sociedade que deseje o máximo de eficiência na condução do interesse de seus componentes.

Um exército, por exemplo, comandado por três generais seria invencível. No grupo social básico, que é a família, esse modelo seria ideal e tão eficiente quanto o é na administração de um país. O pai manda, a mãe manda, e o filho também manda. Seria uma harmonia sem defeitos. Dá para imaginar o pai dando uma ordem e a família obedecendo? Sucesso absoluto! Depois, a mãe também dá uma ordem e todos obedecem. O filho, por seus direitos de mando, exercita esse poder, sendo respeitado pelos pais, e a família toda vai se consolidando cada vez mais; sempre unida. Uma beleza!

Bem, parece que há uma incoerência por aí. Só parece. À primeira vista, essa observação parece proceder, mas na prática os procedimentos são legais e legítimos. É só olhar as leis – feitas pelos próprios.

No exemplo citado, o pai, antes de dar uma diretiva, faz um conchavo, digo, um acordo com a mãe e o filho. É claro que a mãe vai exigir uma bolsa nova, e o filho um aumento de mesada, mas tudo se ajeita. Sempre há um jeitinho. Quando a mãe é que resolve mandar, cede a algum pedido do pai e faz uma sobremesa especial para o filho. Este, por sua vez, não faz previamente acordo nenhum. Bate o pé, faz birra, ameaça quebrar o espelho ou coisa parecida, mas é só os pais fazerem uma promessa qualquer e tudo volta ao normal. Assim, bem entendidos e tolerando uns aos outros em defesa de seus interesses, passam os dias felizes porque, afinal, aplicam e respeitam os valores da democracia que se sustenta sobre três pilares. É uma harmonia que não tem igual!

Deve-se tirar desse sistema as conclusões lógicas. Onde três mandam, tudo funciona melhor. É uma verdade matemática também: três vale mais do que um. Uma orquestra com três maestro executa uma partitura com muito mais fidelidade ao compositor. Um avião com três comandantes faz a viagem muito mais rápido e pousa no lugar certo, sem divergência de um milímetro. Caso contrário, abre-se rigoroso inquérito e não se fala mais nisso. Três juízes, apitando um jogo de futebol, darão muito mais correção e emoção aos assistentes. Um navio com três comandantes faz um itinerário em ziguezague, mas chega ao destino. Afinal, a linha mais curta entre dois pontos é o ziguezague.

Ainda bem que o Brasil está em plena democracia, onde os três poderes exercem soberanamente suas prerrogativas. Cada poder executa seus interesses, digo, deveres em celestial espírito de renúncia e em beneficio do país. É verdade que as decisões de cada um são precedidas de uma conversa em sala fechada, mas isso é necessário para que haja um bom entendimento, felicidade e justiça para todos.

APESAR DE VOCÊ...

Como é traidor esse coração, é a pior das mulheres, a mais cretina. O nosso cérebro é origem do coração e não o contrario. Se nasce sem cérebro, se vive sem cérebro, mas não sem coração. O coração é o pior dos castigos ou a melhor das bênçãos. Ninguém desafia o coração, ou se faz o que se ama, ou simplesmente não se faz. É simples e também complicadíssimo.

Ela nasceu em 84 ou 88, não sei ao certo se é morena, loira, negra, japonesa, no fundo nem sei se é mulher... é mulher sim, quer dizer, era linda, era esbelta, cheirosa, nos encheu de esperanças e com o passar do tempo virou um ordinária, das maiores, um meretriz sem fundamento. MAS EU A AMO. Mais que tudo, luto por ela, mesmo que isso me valha todos os sacrifícios, todas minhas forças. Foi amante de alguns dos melhores homens, e de outros tão sujos quanto fedorentos.

Não consigo aceita-la como é, mas não sei o que faria sem ela. Sim, é uma contradição. Mas a bebida e o cigarro também o são, não é verdade?

Creio nunca ter a perdido (preciso crer nisso) mas cada vez vejo ela mais perdida, de mão em mão, de gente que não vale nada, em más companias.

“Apesar de você, amanha há de ser outro dia.”

O meu grito ecoa as noites, como os gritos de um corno manso:

- VOLTA PRA MIM DEMOCRACIA. Eu te amo, sou louco por ti. Vou correr todos esses que não te amam de perto de ti.

Mas a Democracia, também tem uma irmã mais velha, pelo menos a Democracia que eu conheci, que sou apaixonado, o nome da irmã desta é Revolução. Na verdade, Revolução foi um nome dado por seus pais, que conheciam a essência dessa mulher masculinizada, deram um nome tão feminino para maquiar o verdadeiro eu de Revolução.

Esta é uma homossexual, ou sapatão como diriam uns, o ponto dela é na esquina da Av. Censura com a Rua dos Perseguidos, atende pelo nome artístico de Golpe, quer dizer, seu verdadeiro Eu.

Como na literatura espanhola: Memória de Minhas Putas Tristes; As memórias dessas duas irmãs são distintas e tão iguais. Se completam, se complementam. Uns que foram amantes de Revolução, hoje se dizem apaixonados por Democracia. São como adolescentes carentes, amam desde a professora até a colega mais bela, desde a tia materna, até a prima que só conhecem por foto, amam o que lhes convém. Eu já tive 14 anos. Já amei minha professora, mas, hum, deixa pra lá.

Estes Senhores que defloraram sem dó as duas irmãs, são fáceis de identificar, andam com seus ternos escuros, com o cabelo sempre bem alinhado, caminham com uma leveza e simpatia como se soubessem todos os segredos de todas as mulheres do mundo. Dificilmente algum terá menos de 50 anos. Se tiver, tome cuidado, são os mais espertos.

Eles valem-se da força e rancor de Revolução e também das palavras doces e inspiradoras de Democracia. Jogam uma irmã contra a outra. Agem como se eles soubessem aquilo que é melhor pra elas.

Mulher feita hoje é Democracia, uma ordinária diga-se de passagem, mas não por sua culpa, por culpa dos seus amantes. Já Revolução, desde que nascera, sempre teve esse caráter vingativo, mau, amedrontador, bem que ela poderia ter sido melhor, mas a sua natureza jamais permitiu.

Agora estou aqui gritando pelas ruas, feito um louco:

- VOLTA PRA MIM DEMOCRACIA. Eu te amo, sou louco por ti. Vou correr todos esses que não te amam de perto de ti. Por favor devolvam a pureza da minha Democracia.

Para maiores informações: Em qualquer rua, bairro ou cidade do nosso país, com qualquer pessoa.

Marcelo Lemos