Senado investiga despesas com plano de saúde



A Mesa Diretora do Senado fará uma auditoria nas contas secretas usadas para custear o plano de saúde dos funcionários do Senado.O primeiro secretário, senador Heráclito Fortes (DEM-PI), disse ontem que é preciso saber como essas contas são administradas e se houve mau uso do dinheiro, estimado em R$ 160 milhões. O presidente da Comissão de Fiscalização e Controle do Senado, Renato Casagrande (PSB-ES), também pedirá explicações à Mesa Diretora.As contas paralelas foram criadas em 1997, na gestão do então presidente Antonio Carlos Magalhães (DEM-BA). Essas contas estão fora da contabilidade oficial do Senado e do Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi) e são movimentadas pelo diretor-geral da Casa, cargo que Agaciel Maia ocupou nos últimos 14 anos, até ser afastado em março.Heráclito disse que as contas não são secretas nem irregulares, apesar de estarem fora do Siafi.– A conta é necessária porque é com esse dinheiro que é custeado o plano de saúde. A questão é saber se é bem gerida. Essa conta não é secreta, é especial – disse, defendendo a criação de um conselho de gestão para administrar os recursos, com a participação de servidores do Senado, da ativa e aposentados.Heráclito disse que o resultado da auditoria é que vai mostrar que medidas adicionais poderão ser tomadas em relação às contas. Ele reconheceu, porém, que a quantia de R$ 160 milhões é muito alta para ficar nas mãos apenas do diretor-geral do Senado:– É muito dinheiro, por isso vamos montar um conselho de gestão.

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