COLLOR X SIMON

A partir da referência de Simon, lembrando encontro com Collor no Rio Grande, quando foi convidado para seu vice em 1989, o ex-presidente e atual senador ingressou no plenário, mostrando muita irritação e reagindo com veemência. Pediu a palavra e foi duro: “Essas são palavras que eu não aceito. Quero que o senhor as engula e as digira como julgar conveniente”. E pediu para que não pronunciasse mais seu nome. Mais tarde Fernando Collor fez uma intervenção, mais longa, lembrando as pressões sofridas quando esteve no governo. Após a intervenção do ex-presidente, Simon continuou seu discurso, sendo aparteado por vários senadores que logo saíram em sua defesa. Entre eles Jarbas Vasconcelos, Cristovam Buarque, Renato Casagrande, Flavio Arns e Eduardo Suplicy.
Jarbas Vasconcelos foi o primeiro: "Vossa Excelência vai à tribuna falar em paz e é agredido. Não vi manifestação da presidência desta Casa para mandar retirar das notas taquigráficas um senador mandar o outro engolir e digerir da maneira que achar conveniente as suas palavras. Esse é o retrato do Senado que encontramos hoje", reagiu Jarbas.
O senador Álvaro Dias também entrou no debate dando apoio a Simon e o líder tucano, Arthur Virgílio, afirmou que faz coro com Simon para que Sarney deixe a presidência da Casa. Cristovam Buarque foi mais enfático dizendo que o povo não quer que Simon "engula" nada, numa referência à frase de Collor para o peemedebista. "Não engula nada, senador Simon. O povo brasileiro precisa que o senhor externe as coisas nesse momento", disse ele.
Na discussão com Simon, Collor disse que o peemedebista “deveria engolir e digerir como achar conveniente" qualquer palavra em que for mencioná-lo. Na hora Simon disse que “não "engole" palavras, mas diz o que tem que ser dito no momento em que desejar dizê-las.”

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