A Juíza Carolina Granzotto, da 2ª Vara Judicial de Jaguarão, no Rio Grande do Sul, determinou que o Estado forneça os medicamentos Óleo de Lorenzo

A juíza Carolina Granzotto, da 2ª Vara Judicial de Jaguarão, no Rio Grande do Sul, determinou que o Estado forneça os medicamentos Óleo de Lorenzo e Depakene solicitados por um portador de adrenoleucodistrofia (ALD) - um distúrbio hereditário dos ácidos graxos que afeta os rins, o sistema nervoso e os testículos. A decisão ocorreu no dia 19, mas foi divulgada na segunda-feira. As informações são da assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça (TJ) do Estado.

O medicamento ficou conhecido após um filme americano, que levou o mesmo nome do remédio, dirigido por George Miller e lançado em 1992. A história retrata o esforço dos pais de Lorenzo Odone, interpretados por Nick Nolte e Susan Sarandon, que desenvolveram o óleo para salvar o filho que sofria de ALD. Lorenzo, o homem que inspirou o filme, morreu em 2008, aos 30 anos.

Os pacientes que sofrem de ALD costumam ter problemas de aprendizagem, de percepção, falta de concentração, perda da memória, deficiência visual, deficiência de movimentos, mudanças de personalidade e comportamento e até deterioração neurológica.

Segundo a decisão da juíza, a Constituição assegura o direito à vida e "preconiza que a saúde é direito de todos e dever do Estado". A magistrada ainda reconheceu a falta de condições econômicas do paciente de conseguir pagar os medicamentos, que têm necessidade de uso contínuo.

Segundo a Justiça, o Estado resiste em fornecer Óleo de Lorenzo e alega que este não está na lista de medicamentos considerados especiais e excepcionais. O paciente, informou o TJ, apresenta cegueira e perdeu a capacidade de falar.

Redação Terra

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