Tecnologia reduz impacto da greve dos bancários

Sindicalista admite que, por causa da automação, mobilização traz poucos prejuízos aos clientes.
Com a automação dos serviços bancários ao longo dos anos, o impacto da greve perde força. O efeito pôde ser sentido ontem, no primeiro dia da greve dos funcionários da Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil (BB) e bancos privados, que teve adesão parcial no Estado.Os canais alternativos foram as saídas para quem precisou realizar operações como depósitos, saque e pagamentos de contas. E os próprios sindicalistas admitem a repercussão.– Sabemos que a nossa greve não traz tantos prejuízos para sociedade em função da tecnologia. Muitas pessoas não vão mais às agências, fazem tudo pela internet ou nos caixas eletrônicos. Os grandes prejudicados, na verdade, são os bancos que deixam de vender seus produtos – avalia o presidente do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e Região (SindBancários), Juberlei Bacelo.Salas de autoatendimento, lotéricas, internet e os correspondentes bancários são as opções para correntistas que necessitam acessar os serviços. Cerca de 90% das transações já podem ser feitas por outros meios que não as agências, conforme o diretor da Federação dos Bancários do Rio Grande do Sul (Feeb-RS), Arnoni Hanke. Na Caixa Econômica Federal, por exemplo, é possível realizar mais de 70% das operações por outros canais.A sala de autoatendimento foi a opção da securitária Jucemari Telles. Sem preocupação por causa da greve, usou o caixa eletrônico de um banco privado para fazer um depósito.– Hoje temos outras vias, não precisamos somente dos bancos para conseguir realizar as operações – diz.Mas a automatização não resolve a vida de todos os correntistas. O servidor público André Luiz Soares Adolfo não conseguiu falar com seu gerente ontem. O assunto terá de esperar até o final da paralisação, que não tem data para terminar.É bom saberDIREITOS E DEVERES DO CONSUMIDOR:- É importante que o consumidor tenha consciência de que não liquidar a fatura, o boleto bancário ou qualquer outro tipo de cobrança que saiba ser devedor não o isenta do pagamento se outro local lhe for disponibilizado para realizar o pagamento.- Caso o fornecedor não ofereça ou dificulte outro local de pagamento, o consumidor deve documentar essa tentativa de quitação do débito junto ao Procon.- O consumidor não pode ser prejudicado ou responder por qualquer prejuízo por problemas decorrentes da greve. A responsabilidade do banco pelos prejuízos causados aos consumidores decorre do risco de sua atividade e não pode sobre qualquer pretexto ser repassado ao consumidor.Fonte: Instituto Brasileiro de Estudo e Defesa das Relações de Consumo (Ibedec)- Os bancários querem: reajuste salarial de 10%, três salários de participação nos lucros e resultados (PLR) e mais R$ 3.850 a cada funcionário- É oferecido pela Fenaban: aumento salarial de 4,5%, 1,5 salário de PLR e divisão de 1,5% do lucro entre os empregados.

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