PT e MST protestam contra prisões em Iaras e Borebi

Políticos do PT e líderes de organizações ligadas à defesa da reforma agrária acusaram na quarta-feira, 27, a Polícia Civil do Estado de São Paulo, subordinada à Secretaria de Segurança Pública (SSP), de ter agido com objetivos políticos e eleitorais no episódio da detenção de líderes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), na terça-feira. Nesta quinta-feira, 28, no Fórum Social Mundial, em Porto Alegre, haverá um ato de protesto contra a ação policial.

As prisões, ocorridas nos municípios de Iaras e Borebi, fazem parte da Operação Laranja, que investiga a destruição de um laranjal e a depredação das instalações de uma fazenda da empresa Cutrale por militantes do MST, em outubro do ano passado. Entre os detidos estavam dois políticos filiados ao PT.

Na quarta-feira, 27, o deputado estadual Simão Pedro (PT), da Frente Parlamentar pela Reforma Agrária, pediu explicações ao governo sobre possíveis irregularidades na operação. "O PT condena a destruição do laranjal, mas não podemos concordar com o fato de os advogados não terem tido acesso aos autos do inquérito. Isso tolhe o direito dos presos."

O coordenador nacional da área de movimentos sociais do PT, ex-deputado Renato Simões, criticou a polícia por ter distribuído os detidos por diferentes locais da região de Bauru, dificultando a ação da defesa e o contato dos familiares. "O episódio mostra o que pode ser a política de José Serra (governador do Estado, do PSDB) em relação aos movimentos sociais, caso seja eleito presidente", disse.

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