Apostador de suposto bolão premiado no RS diz que não joga mais na Mega-Sena

Um dos apostadores do Suposto Bolão premiado da Mega-Sena em Novo Hamburgo (RS) disse que nunca mais vai fazer um jogo da Mega-Sena. "Não aposto mais. Você acaba perdendo a confiança na loteria, mesmo querendo confiar. Bolão, então, nem pensar", disse o motorista Jadir de Quadros. Nesta quarta-feira (24), a Caixa Econômica Federal (CEF) poderá pagar um prêmio de R$ 61 milhões no concurso 1.156.

O motorista disse que também perdeu a confiança na CEF. "Já que neste país só o que leva uma pessoa para cadeia é o não pagamento da pensão alimentícia, já avisei minha ex-mulher que não depositarei mais a pensão de meu filho de 4 anos na Caixa. Já pedi para ela abrir conta em outro banco."

O dono da lotérica chegou, acompanhado do advogado, para prestar depoimento na delegacia de Novo Hamburgo, no começo da tarde desta quarta-feira. "A polícia também está ouvindo os nossos depoimentos de forma individual, mas vamos aproveitar para acompanhar a investigação, já que o responsável pelas apostas apareceu pela primeira vez", afirmou Quadros.

O delegado Clóvis Nei da Silva afirmou ao G1 que não há prazo para a conclusão do inquérito. Ele também está ouvindo o depoimento de cerca de dez apostadores nesta quarta-feira.

Prêmio de R$ 53 milhões
A advogada Jos Mari Peixoto, representante de 18 moradores de Novo Hamburgo (RS) que dizem ter participado do suposto bolão premiado, reafirmou nesta quarta-feira que pretende pedir o bloqueio de R$ 53 milhões na Justiça.
Ela explicou que esse seria o valor correspondente ao prêmio que os apostadores do bolão teriam direito. O pedido de bloqueio não tem nenhuma relação com os próximos sorteios da Mega-Sena, inclusive o desta
quarta-feira.
“Existe a possibilidade de pedirmos o bloqueio, mas isso não envolve nenhum sorteio da Mega-Sena. Queremos apenas que esse dinheiro seja reservado. Mas por se tratar de um banco, não haverá problema para meus clientes receberem o dinheiro depois, se for uma decisão da Justiça”, disse ao G1.
A advogada afirmou que não há prazo para entrar na Justiça. “Nós vamos mover a ação contra a Caixa Econômica Federal e contra a lotérica. Mas ainda tenho que fazer mais reuniões com meus clientes. Esperamos entrar na Justiça o mais rápido possível”, afirmou.

Bolão proibido
A Caixa Econômica Federal informou que
não autoriza a organização de bolões pelas lotéricas. De acordo com a assessoria do órgão, os estabelecimentos são fiscalizados e sofrem penalidades em caso de irregularidades. De acordo com a assessoria, a fiscalização é realizada pelos Consultores Regionais lotados nas Superintendências Regionais da Caixa e também pelos Auditores Regionais da Caixa. O órgão também diz que realiza controle de qualidade dos volantes utilizados para a marcação dos números pelo apostador.

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