PSOL vive crise interna

Com uma bancada de três deputados federais e cinco anos de existência, o PSOL vive uma crise digna de partido grande. Irritada com o colega Ivan Valente (SP), líder do trio na Câmara, a gaúcha Luciana Genro enviou carta à direção partidária acusando-o de “machismo” e “desequilíbrio”. Valente reagiu dizendo que Luciana está isolada e protagonizou um “ato de desespero”.No meio da confusão está o deputado Chico Alencar (RJ), que tenta apagar o incêndio e esfriar o sangue quente dos dois companheiros. Em razão de divergências na votação de um dos itens da reforma eleitoral, a relação entre Luciana e Valente azedou de vez. A deputada não gostou quando o líder disse que ela fez um “roubo de galinha” ao defender os outdoors de candidatos, ao ter sido destacada para falar em favor apenas do uso de carros de som. A executiva do PSOL anunciou uma reunião com a presença da presidente da sigla, a vereadora em Maceió Heloísa Helena. “Não será por falta de moderadores que a crise deixará de ser superada”, diz a nota do partido.Às vésperas do congresso nacional do partido, que acontecerá em agosto, as correntes de Luciana e Alencar intensificam os conflitos.– O que talvez acirre os ânimos é a TPG, tensão pré-congressual – diagnostica Chico Alencar.