Vendas de veículos têm recorde



Com a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que terminaria no fim de junho, mas foi prorrogada pelo governo, a indústria automotiva registrou vendas históricas no mês passado e no acumulado do primeiro semestre deste ano. E foi recorde para o país e para o Rio Grande do Sul.Dados divulgados ontem pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) mostram que, em junho, 289.792 automóveis e comerciais leves foram emplacados em todo o Brasil, das quais 18.885 no Rio Grande do Sul. Se forem incluídos caminhões e ônibus, o total sobe para 300.174 e 19.595 unidades, respectivamente.No primeiro semestre, as vendas acumuladas também tiveram o melhor desempenho de todos os tempos. Com 89,18 mil automóveis e comerciais leves emplacados, as vendas gaúchas subiram em um ritmo quase quatro vezes maior do que no país. O crescimento no Rio Grande do Sul foi de 17,39%, enquanto no Brasil, com 1,393 milhão de unidades no período, o aumento ficou em 4,13%.Na avaliação de Alfredo Meneghetti Neto, economista da Fundação de Economia e Estatística (FEE), o consumidor gaúcho costuma responder de forma mais instantânea aos incentivos do governo. Ou seja, foram mais rápidos para aproveitar a redução do IPI.– Acredito que os índices de vendas de carros vão continuar crescendo por aqui, pois a previsão é de que haja uma estabilização do nosso PIB (Produto Interno Bruto) nos próximos meses – analisa Neto.Dirigente evita fazer agora nova projeção para este anoApesar dos resultados recordes, o presidente da Fenabrave, Sérgio Reze, preferiu não revisar ontem a projeção traçada para as vendas de veículos do ano. Por ora, a expectativa é de que as vendas de automóveis e comerciais leves em 2009 alcancem 2.783.466 unidades, alta de 4,20% sobre 2008. Daqui a 90 dias a entidade deverá fazer nova análise.Conforme o dirigente, o mês de julho deve apresentar vendas declinantes, uma vez que junho marcou recorde histórico. Além disso, com a prorrogação da redução do imposto por mais três meses, o consumidor perdeu o senso de urgência nas compras.

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