Zilá se diz agredida por Pont e ameaça processá-lo

Um dia depois do tumulto ocorrido no plenarinho da Assembleia Legislativa, a deputada Zilá Breitenbach (PSDB) começou ontem a reunir fotos e gravação de imagens com o objetivo de processar o colega Raul Pont (PT) na Comissão de Ética da Casa por quebra de decoro parlamentar. Zilá acusa Pont de agredi-la. A previsão é acionar o colega na terça-feira.

A discussão ocorreu na quinta-feira durante sessão tumultuada em que se analisou o relatório de Zilá sobre pedido de impeachment contra a governadora Yeda Crusius. O texto favorável ao arquivamento do processo foi aprovado por 16 votos, sem a presença dos opositores que saíram do local em protesto.

Apesar de Pont negar que tenha agredido a tucana, o petista contou que dirigiu-se à mesa da comissão especial porque estava insatisfeito com as negativas do líder do governo, Pedro Westphalen (PP), em atender a solicitações da oposição. No início da leitura do trabalho, há fotos do petista afastando o microfone de Zilá. Nesse momento, páginas do documento voaram. Segundo testemunhas, houve trocas de insultos de baixo calão entre o petista e o deputado estadual Alceu Moreira (PMDB).

– É um relatório em que ninguém foi ouvido. Zilá não falou com ninguém nem se reuniu. Esta história de ofensa contra mulher é manobra. Se ela fizer a representação, não tenho nenhum problema de me defender. Agora, ela tem a cara de pau de falar em quebra de decoro – afirmou o petista.

Bate-boca por meio de notas e sites

A polêmica intensificou-se ontem em sites e notas oficiais divulgadas por governistas e oposição. No blog Juventude PSDB, o conflito virou um dos temas principais. Em uma mensagem postada, consta: “Todo homem de verdade sabe que em mulher não se bate nem com uma flor (...). O que se pode dizer de Raul Pont, que agride covardemente uma mulher de quase 70 anos que está sentada fazendo seu trabalho?” Os tucanos aproveitaram para dizer que a situação era uma “agressão” a todas as mulheres gaúchas.

Aliados de Yeda também criticaram a atitude da oposição.

– É um absurdo. Uma pessoa que foi prefeito de Porto Alegre quase bater o microfone numa mulher que está falando. Pont agarrou o microfone e deu um tapa – disse o líder da bancada do PMDB, Gilberto Capoani.

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