PF prende 35 em operação contra tráfico e roubo a bancos

A delegacia da Polícia Federal (PF) em Pelotas, na região sul do Rio Grande do Sul, desarticulou nesta terça-feira uma organização criminosa que atuava no tráfico internacional de drogas e roubos a estabelecimentos bancários e comerciais. Até o final da operação Castelo, no início da tarde desta terça-feira, 35 pessoas haviam sido presas e outras 16 já estavam detidas. Segundo a PF, foram expedidos 60 mandados de busca e apreensão. Já mandados de prisão, foram contabilizados 68, sendo cumpridos 51 deles.

Entre os presos, estão dois policiais militares do 4º Batalhão da Brigada Militar de Pelotas, suspeitos de envolvimento em roubos e tráfico de drogas. A Polícia Federal ouviu, nesta manhã, três advogados por suspeitas de prestarem assistência jurídica à organização criminosa.

A Quadrilha atuava em rede para a prática de assaltos em estabelecimentos comerciais e bancários e tráfico internacional de drogas. O esquema funcionava da seguinte forma: a droga vinha da Bolívia e entrava no Brasil através da cidade de Foz do Iguaçu, com destino a Canoas e região metropolitana de Porto Alegre. De lá, uma carga de 30 quilos de crack era destinada, semanalmente, a Pelotas e demais cidades da região sul do Estado, como Jaguarão e Canguçu.

Os dois policiais militares presos atuavam como braços armados e informantes da organização criminosa para facilitação em assaltos a comércios e agências bancários da região. De acordo com as investigações da PF, a quadrilha tem envolvimento com os recentes assaltos ao Banco Real, e aos caixas eletrônicos dos bancos Itaú e do Brasil, em abril e junho deste ano, em Pelotas. O dinheiro era todo investido no esquema montado para o tráfico.

Segundo o delegado chefe da operação, Alexandre Pauli, a mobilização da PF foi uma das maiores em Pelotas devido à articulação do grupo criminoso. "Depois de sete meses de investigação logramos êxito nesta operação e conseguimos quebrar uma sequência, uma rota que funcionava de forma bem arquitetada e que movimentava milhões de reais", disse.

Segundo o delegado, por semana, apenas o preço de custo da droga distribuída pela quadrilha movimentava entra R$ 270 mil e R$ 300 mil, e que com a distribuição chegava a mais de R$ 2 milhões por mês. "Isso representa a interrupção de uma grande rede de abastecimento que com certeza vai refletir na outra ponta, com menos gente consumindo", afirmou o delegado.

Números da Operação Castelo
Foram expedidos 68 mandados de prisão e 59 de busca e apreensão. Nesta terça-feira foram presas 35 pessoas, entre elas os dois policiais. Outras 15 já estavam detidas e 17 ainda seguem foragidas.

Entre o Material apreendido estão 40 kg de crack, cerca de R$ 300 mil, pistolas, revólveres e até munições de fuzil 762. A Operação foi desencadeada com participação de 280 Policiais Federais que contaram com o apoio do Comando de Operações Táticas (COT de Brasília) e do Grupo de Pronta Intervenção (GPI de Porto Alegre).

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