Retorno!!!

Diz J. Sabina em uma das suas músicas, que nunca deveríamos tentar voltar ao lugar onde fomos felizes. Mas por mais que sintamos que essa frase encerra uma verdade, jamais deixaremos de voltar a esses lugares. Sejam eles lugares físicos ou situações, temos a tendência de nos remoçar na lembrança e visitá-los quando possível. No meu caso particular, a minha volta foi a um lugar chamado Lagoa Merin, após sete anos de ausência. Tenho ido e voltado muitas vezes e a sensação primeira é de estranheza misturada com uma sensação de intimidade. Não foi diferente desta vez, mas junto ao estado anímico típico das viagens, somou-se o estado em que encontrei a minha lagoa. Trocando de ruas por causa dos cachorros que foram abandonados e que a cada passo saíam para me latir, consegui chegar à beira da praia. Depois das enchentes a praia é uma linha fina que apenas permite um passeio entre a ressaca, tijolos, vidros, madeiras e lixo. Foi difícil fazer uma caminhada relaxante, mesmo com uma necessidade física imperiosa de paz e de minha alma ter muita sede de vastidão. Logo surgiu em mim o desapontamento, pois tinha imaginado as minhas caminhadas de sempre em uma beira enorme como a da ultima vez, com um sol esplendoroso brilhando no horizonte, prestes a se pôr. Com o vento batendo frio em meu rosto, tremendo em uma tarde de dezembro como se fosse pleno inverno e uma ameaça de chuva se transformando em chuvarada, corri depressa de volta para a casa dos meus pais. Enquanto fazia o caminho de volta, molhada e um pouco triste, tirei os meus óculos, pois tinham se molhado e eu não conseguia enxergar. Não sei se foi esse gesto ou a dor que me causou um espinho, já que mal tive tempo de colocar de novo os tênis, que fez com que a minha perspectiva ficasse diferente. E foi então que comecei a enxergar o caminho do retorno. Como se fosse o sol, aparecendo só para mim, iluminando as coisas não esperadas; assim, a emoção despertou dentro do meu peito.Eu estava de volta ao lugar onde fui feliz. Voltei para estar feliz, pois iria reencontrar com família e amigos, reconhecer velhas amizades detidas na infância; novas amizades estavam me esperando. O caminho apareceu na minha frente com uma clareza simples, amigável; a sensação de intimidade e reconhecimento voltava a cada passo...

Não posso concordar com Sabina, a quem admiro. Nem os lugares nem nós somos os mesmos. O tempo nos muda e nós mudamos o tempo. Temos ele em nossas mãos. Isso, enquanto estamos convencidos de que o retorno e uma nova chance de voltar a sermos felizes na procura de viver com intensidade o que o destino nos depare; pois no fundo de cada um de nós, temos a plena certeza de que para além dos nossos sonhos, a realidade é a que nos faz amar o instante.


Carla.

Um comentário:

  1. ola amigos do blog do jaguar. quero aqui rebater ao comentario e as criticas feitas a pessoa de RENATO JAGUARAO. que o mesmo trocou de partido, assim como essa pessoa que comentou tem outras tantos que criticam a politica, e os politicos e o pior e que nem muitas delas sao filiados a algum partido. quanto a troca de partido feito pelo RENATO. ele fez muito bem, pois nesse partido ele tem mais chance de se eleger. e por JAGUARAO e por todos ser o porta voz. amigos eleitores quantas vezes nos votamos em pessoas que mal conhecemos? porque nao darmos uma chance a uma pessoa que lutou e luta muito para chegar onde merece? de o seu voto a RENATO JAGUARAO. OBRIGADO. obs. gostaria de saber do prefeito,porque estamos as escuras? as ruas mal iluminadas.

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