Será que agora sai?

2º Leilão de Energia de Reserva, realizado pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) nesta segunda-feira (14), sob delegação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), adicionou 1.805,7 MW de potência ao sistema e negociou 753 MW médios de energia, ao preço médio de R$ 148,39 por MWh, totalizando R$ 19,59 bilhões. O preço inicial do leilão, de acordo com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), estava cotado em R$ 189 megawatts por hora (MWh).

De acordo com a Aneel, o valor representa um deságio de 21,49% em relação ao preço-teto definido em edital – os empreendimentos que oferecessem os maiores deságios sobre o preço inicial assinariam contratos de compra e venda de energia com 20 anos de duração, válidos a partir de 14 de julho de 2012.

O leilão transcorreu normalmente, via Internet, das 10h30min às 18h15. Neste período foram negociadas 75 rodadas uniformes e uma rodada discriminatória. No total, 71 usinas das regiões Nordeste e Sul saíram vencedoras do certame. Os volumes negociados por estado foram: Bahia (390 MW), Ceará (542 MW), Rio Grande do Norte (657 MW), Rio Grande do Sul (186 MW) e Sergipe (30 MW). As negociações dedicadas à energia eólica ampliaram em 400% a potência instalada proveniente desta fonte na matriz brasileira atual, que é de 602,28 MW.

No primeiro leilão de energia voltado exclusivamente para a contratação de fonte eólica os projetos habilitados somavam 10.005 MW. Apenas os do Rio Grande do Sul chegavam a 2.238 MW. O Estado concorreu com 67 projetos. Em todo o País foram habilitados 339 projetos, o que coloca os gaúchos na terceira colocação em quantidade de empreendimentos, atrás apenas do Ceará e do Rio Grande do Norte.

Em Osório, no Litoral Norte, localiza-se o maior parque eólico do país, com capacidade instalada de 150 MW. As regiões gaúchas com melhor aproveitamento deste tipo de energia são o Litoral e a Fronteira Oeste.

Os leilões de reserva são uma modalidade de contratação destinada a elevar a segurança do Sistema Interligado Nacional (SIN), utilizando energia elétrica proveniente de usinas especialmente contratadas para este fim.

Apesar de não estarem vinculados a nenhum tipo específico de fonte, os leilões de energia de reserva têm priorizado as fontes renováveis, o que representa um benefício adicional deste tipo de contratação, incentivando a diversificação da matriz energética nacional.

Em 2008 foi realizado o primeiro certame deste tipo, que comercializou energia gerada exclusivamente a partir de biomassa e foi responsável pela inserção de 31 novos empreendimentos movidos a partir desta fonte na matriz brasileira, o que significou 2.379,40 MW de potência total instalada. O 1º Leilão de Energia de Reserva, realizado pela Câmara no dia 14 de agosto de 2008, movimentou um total de R$ 10,7 bilhões e comercializou 548 MW/médios de energia em contratos de fornecimento de energia elétrica por disponibilidade com início de suprimento em 2009 e 2010, ambos com duração de 15 anos.

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