Foi mal recebida no PMDB a sugestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que disse que o partido deveria definir uma lista tríplice para que a ministra Dilma Rousseff escolhesse o nome de sua preferência para candidato a vice na chapa presidencial.
Irritado com as palavras de Lula, o líder do PMDB na Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (RN), disse em nota que o partido respeita a discussão interna do PT, mas que a recíproca tem de ser verdadeira: “O PT já definiu sua candidatura à Presidência. Seus critérios e discussões internas merecem o respeito, a lealdade e a confiança do PMDB. Mas a recíproca tem, e terá, que ser absolutamente verdadeira. E o nosso partido sequer admite pensar diferente. O correto para o PMDB é o que o PMDB entender ser o correto”.
Na tentativa de evitar que o clima entre o governo e o PMDB azede de vez, Lula deve telefonar, no final de semana, para o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP). Ele dirá que ainda é cedo para tratar de nomes para a vice-presidência e reiterará que a aliança com o PMDB é fundamental, não só para a sustentação do governo, como para a sucessão em torno do nome de Dilma.
Lula conversou com o ministro Franklin Martins, que estava em Brasília, por telefone, e pediu a ele que ligasse para Temer informando que estava no Peru, no meio de uma agenda. No Peru, Lula assinou 11 acordos com o país em diversas áreas. Um deles abre a possibilidade de uma integração aérea maior entre as duas nações.
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