O tema da redação da UFRGS desse vestibular versou sobre as pequenas transgressões do dia-a-dia, como furar fila, atender o celular dentro do cinema/teatro e jogar lixo no chão. Em outra ponta dessa faixa etária, dois jovens de 16 e 17 anos foram presos por degolar um menino de 9 anos e seu avó na cidade de Eldorado do Sul. Afinal, qual a faceta dos jovens de hoje e o que podemos esperar dessa parcela populacional que é o "futuro da nação"?
Uma pesquisa realizada no início de 2009, que mapeou os jovens de Porto Alegre frente a diversos pontos que foram desde a sexualidade até a cidadania, passando pelo consumo de drogas e álcool, revela um dado preocupante: apesar de cobrar ações como as expostas no primeiro parágrafo, o jovem não está disposto a praticá-las.
Trocando por miúdos: o jovem vê as pessoas jogando lixo no chão, sabe que é errado, mas, mesmo assim, pratica o mesmo ato que acabou de criticar.
Isso também acontece com o cigarro, o álcool e as drogas ilícitas: apesar de ter consciência de que está errado, o jovem continua abusando desses "escapes".
Isso nos remete ao crime ocorrido em Eldorado do Sul. Um idoso da cidade foi fiador de uma loja em Cachoeirinha e acabou sendo acionado pelo dono do estabelecimento por uma dívida de R$ 2 mil em aluguéis atrasados.
Os filhos do idoso o convenceram a falar com o locatário e pedir que ele fizesse o pagamento, retirando o próprio nome do negócio em seguida. O filho o devedor, sabendo que o padrasto poderia perder o emprego, descobriu que o idoso supostamente teria R$ 30 mil em casa pela venda de um imóvel. Foram até o local do crime e mataram tanto o homem como o neto de 9 anos, fugindo em seguida.
Mesmo detidos, os dois jovens ficarão, no máximo, 2 anos na cadeia. E olha que eles degolaram um menino de 9 anos de idade sem remorso algum.
Em todo Brasil pipocam casos de corrupção, de lavagem de dinheiro, de descios de conduta, de "direitos" que beiram à imoralidade e de uma verdade nua e crua, talvez a faceta mais cruel desse arremedo de cidadania que praticamos no país: a impunidade.
O jovem joga lixo no chão porque sabe que nunca nada irá acontecer. E ele cresce tendo certeza absoluta que qualquer coisa que vir a fazer não será punida. Então, porque levar uma vida honesta e decente se existem caminhos mais rápidos e fáceis para enriquecer? Ou porque respeitar a lei, e até mesmo pequenas regras de cidadania e convivência em grupo se quase ninguém as segue?
por Rafael Limberger
Uma pesquisa realizada no início de 2009, que mapeou os jovens de Porto Alegre frente a diversos pontos que foram desde a sexualidade até a cidadania, passando pelo consumo de drogas e álcool, revela um dado preocupante: apesar de cobrar ações como as expostas no primeiro parágrafo, o jovem não está disposto a praticá-las.
Trocando por miúdos: o jovem vê as pessoas jogando lixo no chão, sabe que é errado, mas, mesmo assim, pratica o mesmo ato que acabou de criticar.
Isso também acontece com o cigarro, o álcool e as drogas ilícitas: apesar de ter consciência de que está errado, o jovem continua abusando desses "escapes".
Isso nos remete ao crime ocorrido em Eldorado do Sul. Um idoso da cidade foi fiador de uma loja em Cachoeirinha e acabou sendo acionado pelo dono do estabelecimento por uma dívida de R$ 2 mil em aluguéis atrasados.
Os filhos do idoso o convenceram a falar com o locatário e pedir que ele fizesse o pagamento, retirando o próprio nome do negócio em seguida. O filho o devedor, sabendo que o padrasto poderia perder o emprego, descobriu que o idoso supostamente teria R$ 30 mil em casa pela venda de um imóvel. Foram até o local do crime e mataram tanto o homem como o neto de 9 anos, fugindo em seguida.
Mesmo detidos, os dois jovens ficarão, no máximo, 2 anos na cadeia. E olha que eles degolaram um menino de 9 anos de idade sem remorso algum.
Em todo Brasil pipocam casos de corrupção, de lavagem de dinheiro, de descios de conduta, de "direitos" que beiram à imoralidade e de uma verdade nua e crua, talvez a faceta mais cruel desse arremedo de cidadania que praticamos no país: a impunidade.
O jovem joga lixo no chão porque sabe que nunca nada irá acontecer. E ele cresce tendo certeza absoluta que qualquer coisa que vir a fazer não será punida. Então, porque levar uma vida honesta e decente se existem caminhos mais rápidos e fáceis para enriquecer? Ou porque respeitar a lei, e até mesmo pequenas regras de cidadania e convivência em grupo se quase ninguém as segue?
por Rafael Limberger
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