‘Vai doer’, diz Guido Mantega sobre corte de R$ 50 bilhões no orçamento

O governo anunciou um corte no orçamento de R$ 50 bilhões. O que vai acontecer este ano com os concursos, com as nomeações e com o salário mínimo? A inflação preocupa, e o governo gastou demais nos últimos anos. Agora, dá-lhe cortes. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, resumiu muito bem o que vem por aí: vai doer, não vai ser sem dor.

Cortando e com menos dinheiro circulando, o governo espera reduzir a inflação. Na semana que vem, a equipe econômica vai dizer exatamente onde serão os cortes. Mas, segundo o governo, os programas sociais e as obras do PAC serão preservados. Já os concursos públicos estão suspensos, e as nomeações de quem já foi aprovado também.

As contratações serão interrompidas como medida de economia. No total, o governo vai cortar R$ 50 bilhões do orçamento. Em todos os ministérios, as despesas com energia, água, telefone e material de consumo terão de diminuir.

Gastos com diárias e passagens aéreas de funcionários também. Compra, reforma e aluguel de novos imóveis estão proibidos, assim como aquisição de carros. A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, disse que os programas sociais serão mantidos e as obras do PAC também.

“Não haverá nenhum corte no PAC nem adiamento. É o mesmo valor que está no orçamento. Esta é a única coisa que podemos dizer neste momento”, garantiu a ministra.

Ao cortar gastos públicos, o governo diminui a quantidade de dinheiro na economia e, com isso, tenta frear a inflação. O ministro da Fazenda. Guido Mantega, diz que também é fundamental evitar novas despesas e que não dá para pagar um salário mínimo maior que R$ 545.

“O salário mínimo tem um impacto nas contas do governo e nos gastos da Previdência. Então, esse orçamento, com esse ajuste, foi calculado para viabilizar um pagamento de salário mínimo de R$ 545, e não mais do que isso”, explicou o ministro.

Para o economista Marcelo Caetano, especializado em Previdência, as medidas estão no caminho certo, mas não dá para ficar só nelas.

“Para curto prazo, considerando a política fiscal desse ano, é o que tem de ser feito. Agora, junto a isso deve se conjugar com reformas estruturais de longo prazo, em particular reforma da Previdência e reforma tributária”, opina o economista.

O governo vai fazer ainda uma auditoria na folha de pagamento para verificar se existem irregularidades

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