Executivo pede à SES que agilize análises de casos suspeitos

Rio Grande registrou ontem mais dois óbitos com suspeita de gripe A (H1N1). Uma mulher de 45 anos, que veio de Santa Vitória do Palmar dia 29 de julho para se internar na Santa Casa e estava na UTI com quadro de infecção respiratória aguda, faleceu no início da manhã. E um homem, também de 45 anos, que estava na UTI desde o último dia 1º, morreu na tarde de ontem. Com estes, o Município passa a ter sete casos de óbito com suspeita da doença. Até o momento, o Município não tem nenhum caso confirmado de Influenza A. Porém, não recebeu resultado de nenhum dos exames solicitados ao Laboratório Central do Estado (Lacen). Em entrevista coletiva concedida na manhã de ontem, o prefeito Fábio Branco e a secretária municipal de Saúde, Zelionara Branco, informaram que diariamente são feitos contatos com o Lacen para cobrar os resultados. O prefeito relatou que na segunda-feira falou diretamente com o titular da Secretaria Estadual da Saúde, Osmar Terra, pedindo agilização das análises e envio dos resultados.A ausência de resultado é um agravante, conforme o Executivo, pois todos os casos de doença respiratória aguda estão sendo tratados como suspeitos. Zelionara Branco relatou que já foi feita coleta de material para exame em 14 casos suspeitos, incluindo quatro óbitos, e encaminhamento ao Lacen, os quais ainda estão sem resultado. “Precisamos saber com o que estamos lidando, se é a gripe A ou outra infecção respiratória grave, causada pela gripe comum", salientou Fábio Branco. Das duas pessoas que morreram ontem também foi coletado material para análise e enviado para o Lacen. Até o final da tarde de ontem, encontravam-se internadas 12 pessoas com suspeita da doença, sendo oito na Santa Casa (duas em isolamento, duas na UTI e quatro já transferidas para quartos comuns) e quatro no Hospital Universitário da Furg (uma na UTI e três - duas mulheres e uma criança - em monitoramento. A criança tem problemas respiratórios desde o nascimento).

Suspensão de cirurgias eletivas
Mesmo sem casos confirmados, as medidas preventivas e com o intuito de proporcionar o atendimento que se fizer necessário estão sendo ampliadas. Além de adiar o reinício das aulas na rede municipal, na última segunda-feira o Executivo Municipal recomendou a suspensão de atividades que reúnam grande número de pessoas e das cirurgias eletivas nos hospitais da cidade, o que deve ser feito com base em critério médico. A suspensão das cirurgias eletivas objetiva deixar mais leitos disponíveis para possível aumento do número de internações por suspeita de Influenza A. A Santa Casa e o Hospital Universitário (HU) da Furg informaram ontem que essa medida também foi determinada pelo Ministério da Saúde e pela Secretaria Estadual da Saúde (SES) e que estão acatando-a.
Também foi recomendada a interrupção do deslocamento de pacientes de outros municípios para consulta, a fim de evitar circulações. Ainda com a proposta de inibir a circulação de pessoas, os hospitais foram orientados a reorganizarem seu horário de visitas. Com relação à procura por atendimento devido a sintomas gripais, Zelionara informou que em 10 dias foram registrados 2.500 nas Unidades Básicas de Saúde e Postos 24 horas, o que demonstra a preocupação da comunidade em buscar auxílio médico. E os prontos-socorros foram desafogados. Devido à gripe A, a SMS já ampliou o horário de atendimento no Centro de Saúde, na Unidade Básica de Saúde Dra. Rita Lobato e no Materno Infantil. E, a partir da próxima segunda-feira, vai aumentar o horário de mais quatro unidades: Castelo Branco I, Vila da Quinta, Junção e UBS da Vila Maria, que passarão a funcionar também das 18h às 22h. A intenção é de aproximar mais e agilizar o atendimento. Outra decisão que está sendo adotada é a de, nas unidades, priorizar o atendimento aos sintomáticos. O vírus da Influenza A (H1N1) tem atingido mais os adultos trabalhadores, com idade entre 20 e 45 anos, que estão mais em circulação, e as gestantes.

Óbitos em julho
De acordo com dados fornecidos pela secretária, o mês de julho deste ano registrou menor número de óbitos por doenças respiratórias do que no de 2008. Foram registrados 120 em julho de 2008 e 117 no mesmo mês este ano. Ela acredita que isso se deve ao fato de as pessoas estarem mais alertas, por causa da gripe A. Carmem Ziebell
Fonte: Jornal Agora

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