Notícias » Brasil » Brasil Yeda chama crise de "muita fofoca" e se vê candidata

A governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB), afirmou nesta segunda-feira, durante o programa Roda Viva, da TV Cultura de São Paulo, que tem sido vítima da "indústria do escândalo" e que existe "muita fofoca" em meio às denúncias das quais ela é alvo. A tucana é suspeita de envolvimento em esquema de fraudes em contratos do Detran gaúcho e de caixa dois em sua campanha para o governo do Estado.

"Faz dois anos e meio que a população vê denúncias desde o primeiro jornal pela manhã até a noite. Precisamos ver a imagem que foi criada sobre uma governadora, sobre uma mulher que investiu no Estado depois de 40 anos de uma economia paupérrima", afirmou.

Pesquisa realizada pelo Ibope sob encomenda do Grupo RBS aponta que 62% dos entrevistados são a favor do impeachment da governadora gaúcha. Em sua defesa Yeda disse que há um erro conceitual na questão feita durante a pesquisa. "Qual é a pergunta? Primeiro, eles (população) não estão pedindo impeachment. A pesquisa diz: você concorda com o pedido de impeachment da governadora?".

A tucana afirmou ainda ser alvo de uma perseguição "orwelliana". "Vivemos uma era do Big Brother. O escritor George Orwell escreveu um livro chamado 1984, lá nos anos 50, que não poderia ser mais atual. Ele dizia que as pessoas seriam vigiadas o tempo todo: é uma câmera aqui, um gravador ali". E completou dizendo que essa superexposição acabou por criar uma certa novelização do noticiário. "Não existe conspiração. Existe um mercado e esse mercado é regido pelos escândalos".

Pré-candidata
A governadora negou ter recebido pedidos do PSDB para evitar sua candidatura à reeleição do Estado e evitar um possível desgaste do candidato tucano à Presidência da República. Yeda afirmou que recebeu apoio do governador paulista José Serra, um dos pré-candidatos para 2010.

"Isso é uma boa intriga, até o Serra me disse: 'Yeda nunca vi algo assim. Isso é um ataque especulativo!'", afirmou.

Além de Serra, Yeda disse que recebeu apoio do outro possível presidenciável tucano. Segundo a governadora, o governador mineiro Aécio Neves disse confiar em sua inocência. Mesmo com a avalanche de denúncias que tem sofrido nos últimos dois anos e meio, Yeda se vê como possível candidata.

"Sou pré-candidata. Enfrentei uma campanha eleitoral extremamente truculenta em 2006 e era prevista uma certa radicalização na política do Estado", afirmou. "Recebo apoio dos companheiros do PSDB. Rio Grande do Sul está se fechando entre si. Nem todos os fins justificam os meios que estão usando no Rio Grande do Sul. Essa é a diferença entre a social democracia e os outros".

Yeda disse que se tornou alvo de denúncias por conta de sua posição "mais firme e rígida" na mudança de alguns rumos. Ela ainda criticou uma possível radicalização na política gaúcha.

"Acho que mexi com muito hábitos arraigados no meu Estado, dos quais não participei e o meu partido no Rio Grande do Sul não participou", afirmou. "Houve uma polarização política entre PT e PSDB que não havia antes. Antes o Estado vivia um clima de PT contra a oposição".

O caso
O governo de Yeda tem sido alvo de acusações da Operação Rodin, da Polícia Federal, que investigou o suposto esquema envolvendo fraudes em contratos de prestação de serviços da Fundação de Apoio à Tecnologia e Ciência (Fatec) e Fundação para o Desenvolvimento e Aperfeiçoamento da Educação e da Cultura (Fundae) para o Detran, e que causou o desvio de aproximadamente R$ 44 milhões dos cofres públicos, segundo o Ministério Público.

A situação ficou mais complicada depois que a revista Veja divulgou gravações mostrando conversas entre Marcelo Cavalcante, ex-assessor da governadora e achado morto em Brasília em fevereiro deste ano, e o empresário Lair Ferst, um dos coordenadores da campanha de Yeda e réu na Operação Rodin. O áudio indicaria o uso de caixa dois na campanha de Yeda para o governo do Estado.

O Ministério Público Federal (MPF) ajuizou, no dia 5 de agosto, ação de improbidade administrativa contra a governadora e mais oito pessoas. Eles foram denunciados por enriquecimento ilícito e dano ao erário. Na ação, os procuradores pediram o afastamento temporário dos agentes públicos de seus cargos enquanto durar o processo. Mas a juíza Simone Barbisan Fortes negou o pedido de afastamento da governadora.


Um comentário:

  1. Interessante as denúncias contra a Governadora do Estado Yeda.
    Vivemos num país onde as pessaos acreditam na presunção da inocência. Assim Yeda deve seguir os rumos de seus interesses polítcos e concorrer a sucessão do Piratini, sem qualquer obstáculo legal.

    Ja em jaguarão que Prefeito e vice ao encontrões e empurrões demonstram o Governo rachado. Na sessão de ontem o Vice Prefeito demonstrou em seu discurso que não se afeta ao Sr. prefeito, preferiu colher todas as honras nomeando todos os vereadores como calaboradores na captação de recurssos junto a ONU, mas despresou no silêncio o nome do Vereador Leonir Calvete.

    Voltando a caçassão:

    Imoral foi a votação no pedido de caçassão do Sr. prefeito que confessou a irregularidade, sendo culpado pelo ato de atraso da LDO e foi absolvido vergonhosamente utilizando a piedade dos edils da votação númerica do Vereadores do PT.

    O que se deve acreditar atualmente que outros pedidos de caçassão estão por vir num futuro bem próximo, ai veremos se veredores da ala do Vice Prefeito vão poupar o inimigo partidário do PT, ou seja, o Sr. Prefeito.


    O gover está tombado por atitudes desgovernadas na cundução da máquina pública, aliás não há linha de seguimento, a máquina anda por instinto próprio.

    Finalmente cabe lembrar que políticos sem expressão na cidade vai querer dividir os votos do RJ, será calamitoso as candidaturas dos aventureiros que poderão extinguir a sua vivencia social política.

    A Cidade com todas as células já infiltradas somam o estopim do Candidato RJ que já por partido político a cidade de Jaguarão.

    O que vejo que será o único candidato a deputado na cidade que terá votação na Região Sul, Porto Alegre e votos no Estado, visto que Renato trabalhou no Governo Federal e Governo Estadual.

    Assim, aqueles que se candidatarem a Deputado por nossa cidade que não nos envergonhe brincando de divisão de votos na cidade e não tendo nenhuma condição de ter votação fora da cidade de Jaguarão.

    Cuidem dos sacrifícios uma estratégia política dessas poderá romper a direita fortalecendo a esquerda.

    Pensem nisso!

    Mas em 2012 tô tranquilão!

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